Delegada quer usar depoimento de militares

A delegada Ana Cristina Feldner, que passa a integrar a força-tarefa da investigação dos grampos ilegais, em Mato Grosso, conhecida como Grampolândia Pantaneira, deve solicitar os depoimentos prestados pelo ex-comandante da Polícia Militar, Zaqueu Barbosa, do ex-chefe da Casa Militar, Evandro Lesco, e do cabo Gérson Corrêa à Justiça Militar, em julho passado.

A informação foi dada, em entrevista ao Bom Dia Mato Grosso, da TV Centro América, nesta sexta-feira (13).

“O que puder aproveitar para otimizar o tempo será aproveitado porque alguns assuntos têm conexão. Aqui, nós vamos apurar a organização criminosa, as interceptações ilegais”.

Em julho deste ano, os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco e o cabo Gérson Corrêa revelaram ao juiz da 11ª Vara da Justiça Militar como surgiu a Grampolândia Pantaneira.

De acordo com eles, os grampos ilegais começaram a serem operadas no período eleitoral de 2014, quando Pedro Taques (PSDB), então senador da República, foi candidato ao Governo do Estado.

Naquela época, Taques enfrentaria Lúdio Cabral (PT), José Geraldo Riva (PSD), entre outros candidatos.

José Riva, que era deputado estadual, acabou tendo a candidatura cassada, no seu lugar entrou a esposa, Janete Riva (PSD).

Para dar início às escutas ilegais, Zaqueu Barbosa relatou que foi procurado, em sua casa, pelo próprio Pedro Taques, sendo este acompanhado do primo, Paulo Taques, mais tarde secretário da Casa Civil.

De acordo com o ex-comandante da Polícia Militar, que neste período estava no Estado Maior da PM, ele aceitou participar das grampos porque teria acreditado que as interceptações ilegais só ocorreriam durante o período eleitoral.

Os primos, Pedro e Paulo Taques, negam que tenham cometido qualquer tipo de crime relacionado à Grampolândia Pantaneira.

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