Após desgaste com família Bolsonaro, Selma deixa PSL

Senadora Selma Arruda deve deixar Partido Social Liberal (PSL), nesta quarta-feira (18), em Brasília (DF).

A parlamentar se filiará ao Podemos, durante cerimônia que será realizada durante um almoço com as principais lideranças do partido no Salão Azul do Senado Federal.

Na semana passada, em entrevista ao Estadão, a magistrada revelou ter sido “pressionada por membros do PSL” para retirar sua assinatura do pedido para a instalação da CPI da Lava Toga, que tem o objetivo de investigar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O único nome que citou foi o do senador Flávio Bolsonaro, igualmente do PSL e filho do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Além disso, Selma ainda alegou apontou “falta de solidariedade” do PSL em relação ao processo de cassação de seu mandato, em andamento no Tribunal Superior Eleitoral.

“Mantenho meus princípios de magistrada e de pessoa que preza pelo combate à corrupção. O fato de ingressar no Podemos não me tira desse enredo, ao contrário, ele me traz apenas para um ambiente onde eu possa ser mais acolhida, onde eu me sinta mais independente para construir um Brasil melhor para todos”, revelou.

Atualmente, a parlamentar enfrenta um impasse com o Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso, que em abril deste ano, desaprovou suas contas de campanha por unanimidade.

Uma segunda decisão unânime do mesmo TRE, em abril, cassou seu mandato e o de seus suplentes, por abuso de poder econômico e caixa 2.

A senadora recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – onde o processo tramita, sob a relatoria do ministro Og Fernandes.

No começo da semana foi divulgado o parecer da procuradora geral da República, Raquel Dodge, favorável à cassação do mandato. A qualquer momento o relator pode levar o caso a julgamento no plenário.

Selma Arruda tem 56 anos, 22 deles como juíza – fez a campanha com as bandeiras do candidato Bolsonaro e da operação Lava Jato. Foi eleita em primeiro lugar com 678.542 votos (24,65% dos válidos).

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