Integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação Fiscal, a deputada estadual Janaina Riva (MDB) se posicionou porque foi a favor do depoimento do doleiro Lúcio Funaro, na última quinta-feira (19), ter sido realizado a portas fechadas, na Assembleia Legislativa. A parlamentar alegou, em fala, durante encontro do MDB, no último sábado (21), que os depoimentos não podem se transformar em “espetáculos”.
” A gente teve muita CPI que teve muito espetáculo e que de resultado prático, nenhum. A gente viu isso na CPI das Obras da Copa, como a do Ministério Público, que acabou não dando em nada”.
Riva defendeu que as próximas oitivas da CPI da Sonegação Fiscal sejam feitas de portas fechadas, sem a presença da imprensa, mas admitiu que os depoimentos podem ser transmitidos ao vivo pela TV ALMT.
“O que não dá, é uma sessão marcada em um auditório, como se fosse uma audiência pública, com a presença de quem quer ir pra lá, expondo aquele que está depondo, expondo os citados, e tem deputado que na CPI, quando a CPI é aberta e vai a imprensa ele faz questão de ir, quando é fechada ele nem aparece, a gente tem que parar de menos espetáculo, menos discurso”.
Na entrevista à imprensa, Janaina Riva revelou uma das perguntas feitas ao doleiro Lúcio Funaro.
Segundo a parlamentar, ela questionou se além de Silval Barbosa, se Pedro Taques tinha envolvimento de recurso financeiro de propina pra campanha em troca de incentivo fiscais. De acordo com Riva, o doleiro confirmou.
As críticas de Janaina Riva sobraram até para o presidente da CPI, deputado estadual Wilson Santos (PSDB).
De acordo com a parlamentar, o tucano fez um discurso de uma hora só pra levantar uma questão de ordem e na CPI fechada nenhum deputado teria falado mais de cinco minutos.