Empresário assassinado em Cuiabá fez delação premiada

O despacho do juiz Jorge Luiz Tadeu, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que acatou pedido do MPE e determinou a juntada da colaboração na ação penal derivada da Operação Crédito Podre, consta a informação de que o empresário Wagner Florêncio Pimentel fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual (MPE) antes de ser assassinado a tiros em janeiro, no Bairro Jardim das Américas, em Cuiabá.

O empresário foi morto dentro do seu carro, um Renault Sandero, de cor branca. O veículo estava na esquina da Avenida Brasília com a Rua Montreal, no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá, em janeiro deste ano.

Ele foi alvo da operação deflagrada pela Delegacia Fazendária, em 2017, para apurar fraudes na comercialização interestadual de grãos, com sonegação de mais de R$ 140 milhões em Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Pimentel era acusado de ser um dos líderes do suposto esquema.

A colaboração do empresário foi feita em um processo que tramita sob sigilo, de acordo com informações da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de MT.

O MPE pediu para os autos sigilosos serem entranhados no processo da Crédito Podre e o magistrado acatou.

“Considerando que o requerimento formulado às fls. 3703, em que o Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, solicitou o compartilhamento de provas que façam referência ao Termo de Colaboração Premiada de Wagner Florêncio Pimentel, é questão atinente aos Autos nº 31834-48.2019.811.0042 – Cód. 590437, determino o seu desentranhamento, procedendo a juntada nos autos correspondentes”, decidiu.

Na mesma decisão, Jorge Luiz Tadeu determinou a retomada das audiências do processo, que devem ser realizadas nos dias 4, 11 e 13 de novembro, e 2, 4 e 6 de dezembro deste ano.

Para a Polícia Civil, é provável que o interesse pela morte do empresário esteja relacionado com a delação negociada por ele. Com Midianews.

CPI DOS INCENTIVOS FISCAIS

A morte de Wagner Florêncio Pimentel atraiu a atenção da CPI dos Incentivos Fiscais criada na Assembleia Legislativa do Estado (ALMT) no início deste ano.

Na oportunidade, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, deputado estadual Wilson Santos (PSDB), disse que tem interesse em informações sobre o assassinato do empresário por ser investigado em sonegação fiscal.

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