PF faz busca e apreensão em endereços de Janot

A Polícia Federal deve cumprir ação de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, após autorização dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A informação foi dada pela Folha de São Paulo, agora há pouco em seu site.

A decisão ocorre após entrevista dada por Janot à revista Veja, publicada na noite desta quinta-feira (26), de que quando era chefe do MPF teve intenção de matar o ministro Gilmar Mendes, do STF, em maio de 2017, no auge da força-tarefa da Lava Jato, dentro do próprio Supremo.

Rodrigo Janot foi armado com uma pistola no Supremo. Segundo ele, na entrevista à Veja, a intenção era matar Gilmar Mendes e depois se suicidar.

Entre as providências já anunciadas pelo STF estão a retirada do porte de armas de Rodrigo Janot e a proibição dele entrar no Supremo.

Janot e Mendes, segundo a reportagem, trocavam acusações em público. Mendes criticava os métodos utilizados pela força-tarefa da Operação Lava Jato, conduzida pelo Ministério Público Federal, sob o comando de Janot.

O ministro costumava se referir ao chefe do MPF como bêbado e irresponsável. Já Janot chamava Gilmar Mendes de perverso e dissimulado.

Ainda de acordo com Veja, em maio de 2017, o embate começou a entrar em ebulição quando Janot pediu ao STF que impedisse Mendes de atuar em um processo que envolvia o empresário Eike Batista.

Janot alegou que a mulher do ministro, Guiomar Mendes, trabalhava no mesmo escritório de advocacia que defendia Eike.

Na sequência, foram publicadas notícias de que a filha de Janot era advogada de empreiteiras envolvidas na Lava-­Jato — o que, por analogia, também colocaria o pai na condição de suspeito da investigação. Janot identificou Mendes como origem da informação — e, nesse instante, decidiu matá-lo.

“Ia dar um tiro e me suicidar”, disse Janot em entrevista a VEJA. Mas o fato, claro, não chegou a ser concretizado, embora Janot tenha engatilhado a arma, uma pistola, mas sentiu que os dedos das mãos direita e esquerda “congelaram”. Ele não se sentiu bem e pediu para que fosse substituído naquela sessão do STF.

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