A 4ª Fase da Operação Carne Fraca, denominada Romanos, deflagrada pela Polícia Federal, nesta terça-feira (1), em Mato Grosso e outros oito estados, apura que um grupo empresarial do ramo alimentício, teria feito pagamentos de propina que chegam a bagatela de R$ 19 milhões para cerca 60 fiscais agropecuários federais.
Os valores eram pagos em espécie, por meio do custeio de planos de saúde e até mesmo por contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas que representavam o interesse dos fiscais.
A prática ilegal teria sido interrompida no ano de 2017, quando o grupo passou por uma reestruturação interna.
Ao todo, de acordo com a PF, estão sendo cumpridos 68 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal de Ponta Grossa, no Paraná.
Os estados alvos da Romanos são: Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O que chamou a atenção é que um dos mandados cumpridos é na empresa União Avícola, do ex-senador por Mato Grosso, Cidinho Santos. A empresa seria a responsável por intermediar os pagamentos do grupo empresarial aos fiscais.
Cidinho, na verdade, é o primeiro suplente do então dono da cadeira no Senado, Blairo Maggi (PP). Por causa da ida ao Ministério da Agricultura, Blairo acabou cedendo sua vaga para Campos.
O nome da operação faz referência a diversas passagens bíblicas do Livro de Romanos, que tratam de confissão e justiça.