A Assembleia Legislativa (ALMT) convocou os diretores da Energisa para prestar esclarecimentos quanto à má qualidade do serviço oferecido em Mato Grosso. A audiência pública está prevista para ser realizada na próxima semana.

O objetivo do encontro é que a concessionária dê explicações sobre a alta tarifa cobrada pelo fornecimento de energia elétrica no estado e também sobre a péssima condição de atendimento oferecida aos clientes.

De acordo com o presidente da Casa De Leis, deputado Eduardo Botelho (DEM), depois que o grupo assumiu o serviço, a quantidade de reclamações duplicou.

A AL também quer saber que tipo de acordo a concessionária firmou para explorar o recurso, uma vez que segundo Botelho, o número de funcionários vem sendo reduzido gradativamente e agências estão sendo fechadas.

“A audiência pública é para isso, é que eles venham aqui digam para a população o que esse grupo pretende em Mato Grosso. Ou sé mais um que vai vir aqui espoliar o povo e deixa-los de lado com o grupo rede fez no passado. Nós queremos saber o que eles querem aqui em Mato Grosso”, disse.

Botelho também fez duras críticas quanto ao atendimento prestado pelo grupo. Fez ainda um apelo aos deputados da bancada federal para que observem a questão da energia elétrica com mais atenção, inclusive indo junto à AL até a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para formalizar reclamações.

“Vem um pessoal desse aqui e faz o que quer, fecha agência, não atende e você não consegue fazer um encerramento de conta. É um atendimento péssimo e nós estamos todos quietos aí. E eu convoco os deputados federais e senadores para que venham aqui atender o povo. Essa reclamação da Energisa é muito grande e eles tem que ver isso”, afirmou.

Reclamações 

Em agosto de 2019, o Procon Estadual apontou a Energisa como campeã no ranking de reclamações. Na categoria serviços essenciais, a concessionária aparece com 481 registros de reclamação, perdendo apenas para a Águas Cuiabá que vem logo na sequência com 321 queixas.

Em relação a energia, o fator mais reclamado é a cobrança indevida/abusiva com 408 registros.