“Venderam um produto pirata para MT”, diz delegado

Operação “Quadro Negro” deflagrada na manhã desta terça-feira (22), prendeu dois ex-presidentes do Cepromat, Wilson Celso Teixeira, o Dentinho, e Djalma Soares, o dono da empresa Avançar Tecnologia em Software, Weydson Soares Fonteles, e o ex-secretário Francisvaldo Pereira de Assunção, Edevamilton de Lima Oliveira e o empresário Valdir Piran.

“Pessoas que nós classificamos como parasitas do Estado. Pessoas que praticamente desviaram R$ 10 milhões, corrigidos nos valores atuais, sem sequer uma contraprestação para a atividade de Educação em Mato Grosso”, disse o delegado Anderson Veiga.

As ordens judiciais foram decretadas pela juíza Ana Cristina Silva Mendes da 7ª Vara Criminal da Capital.

Ao todo foram expedidos seis mandados de prisão preventiva e 07 de busca e apreensão domiciliar, que foram cumpridas nas cidades de Cuiabá (MT), Brasília (DF) e Luziânia-GO.

A investigação contou com a colaboração do ex-governador Silval Barbosa e do ex-secretário de Estado Pedro Nadaf, em suas delações premiadas.

Mas teve andamento graças a uma auditoria realizada pela Controladoria Geral do Estado (CGE), em 2014.

“Ficaram detectadas várias irregularidades tão gritantes, como quase inexecução completa do contrato. E também a liquidação desse contrato e a execução desse pagamento em prazo recorde, em aproximadamente 20 dias”, disse o delegado Anderson Veiga.

Além dos mandados, foi decretado o sequestro de mais de R$10 milhões, em valores, imóveis e veículos de luxo.

A operação visa apurar desvios ocorridos no antigo Centro de Processamento de Dados do Estado (Cepromat), atual Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI).

Francisvaldo Pereira já tinha sido preso este ano, no dia 19 de agosto, durante a operação “Fake Delivery”, deflagrada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Administração Pública (Defaz).

“Era um equipamento de software que traria tecnologia, e com isso permitiria o desenvolvimento educacional de maneira melhor, e nada funcionou. Teria lousas digitais de primeiro mundo, e hoje está todo mundo no giz e no quadro negro”, disse o delegado Luiz Henrique.

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