O governador Mauro Mendes (DEM) deixou claro que não pretende reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a conta de energia, cobrado direto pela Energisa e repassado aos cofres do Estado.
“Olha gente, se nós não temos dinheiro hoje, para pagar, arrecadando o que nós temos, todas as nossas despesas, como é que nós vamos diminuir a arrecadação. Será que a AL está disposta a diminuir o duodécimo, para nós diminuirmos receita, temos que diminuir despesa primeiro, se não vai faltar dinheiro para pagar conta”, argumentou Mendes durante evento realizado no Detran/MT, no final da manhã desta quinta-feira (24).
O plenário da Assembleia Legislativa aprovou, na sessão ordinária do dia 15 deste mês, indicação de autoria do deputado estadual Wilson Santos (PSDB), que recomenda ao governo do estado a redução da alíquota do ICMS no consumo da energia elétrica.
A ideia é reduzir os efeitos do impacto do reajuste de até 300% autorizados nos últimos meses pela Energisa.
A indicação recebeu o apoio de outros 12 parlamentares, dos quais estão incluídos membros da base aliada do governo.
Mendes expôs também sua preocupação com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Energisa. Ele teme que a CPI pode não mostrar a verdadeira realidade e virar somente ‘politicagem’.
“A politicagem é um termo que existe no Brasil, e se refere aquela política irresponsável, de falas irresponsáveis, que não traduzem a realidade. Quando a CPI é feita com responsabilidade e entrega resultados, eu diria que é extremamente bem-vinda, o que eu desejo sempre, não só na CPI, é que a nossa política seja pautada pela responsabilidade, pela seriedade, e que nós possamos entregar resultado a população”, explanou o governador.