Dois são presos por utilizarem Uber Eats para entregar drogas

Dois homens, que utilizavam aplicativo de refeições para comercializar entorpecentes, foram presos pela Polícia Judiciária Civil, no final da tarde de quarta-feira (30.10), em Cuiabá, durante diligências para averiguar denúncia anônima.

A ação, realizada pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), resultou na apreensão de dois tabletes e várias porções de maconha, droga sintética, dinheiro, balanças de precisão, entre outros objetos.

Erlon Fábio de Campos Junior, 19, e Diego Malagole da Silva, 22, foram autuados em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico e corrupção ativa. Os suspeitos foram surpreendidos pelos policiais civis em uma residência no bairro Recanto dos Pássaros.

Após denúncia de um endereço usado para venda de drogas na região, os policiais civis da DRE diligenciará até o local para apurar as informações. Foram realizados monitoramentos nas proximidades da casa apontada, sendo constatada as suspeitas.

No final da tarde de quarta-feira (30), os investigadores avistaram o momento em que um rapaz saía do imóvel em uma motocicleta, carregando uma mochila box de cor verde.

Em ato contínuo foi feito o acompanhamento do indivíduo e feita a abordagem alguns metros a frente. Na mochila box carregada pelo suspeito Erlon, foram encontradas sete porções de maconha.

Em seguida, a equipe da Polícia Civil retornou ao endereço, de onde o suspeito havia saído. Ao perceber a presença dos policiais, um outro indivíduo que estava na casa tentou fugir, porém foi detido.

No local, foi apreendida grande quantidade de entorpecentes, duas balanças de precisão, aparelhos celulares, R$ 125 em dinheiro, além de vários materiais utilizados para a traficância.

Na ocasião, o suspeito Diego tentou subornar os policiais civis da oferecendo a quantia de R$ 10 mil reais, para ser liberado da situação de flagrante.

Já o segundo envolvido, Erlon, apontou outra residência onde tinha uma porção de droga sintética, conhecida como “MD”, escondida dentro do guarda-roupa, a qual foi devidamente localizada e apreendida.

Diante dos fatos, os dois suspeitos foram conduzidos à DRE junto ao material apreendido, interrogados e autuados por tráfico de drogas e corrupção ativa. Após a confecção dos autos, os presos foram apresentados para audiência de custódia, no Fórum da Capital.

OUTRO LADO

A Uber se posicionou por meio de nota e informou que os dois rapazes detidos não estão inscritos no aplicativo.

Nota

A Uber informa que nenhum dos motociclistas identificados pela reportagem  tem cadastro ativo para realizar entregas utilizando o aplicativo UberEats. O caso, portanto, não tem qualquer relação com o aplicativo.

A empresa esclarece que as mochilas distribuídas ou vendidas aos entregadores podem ser revendidas, emprestadas ou até mesmo furtadas, portanto o simples uso de elementos com o logotipo da empresa não é um indicativo confiável de cadastramento no app. O que assegura que alguém é motociclista que atua como entregador parceiro são as informações disponíveis dentro do próprio app ao fazer o pedido, como placa da moto e nome do entregador.

Como parte do processo de cadastramento para utilizar o aplicativo do Uber Eats, todos os entregadores parceiros passam por uma checagem de antecedentes criminais realizada por empresa especializada que, a partir dos documentos fornecidos pelo próprio motorista e com consentimento deste, consulta informações de diversos bancos de dados oficiais e públicos de todo o País em busca de apontamentos criminais, na forma da lei.

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