Considerados partes da base do PSL em Mato Grosso, o deputado estadual Delegado Claudinei, e o deputado federal, Nelson Barbudo, afirmam que vão acompanhar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na sigla que será criada por ele, Aliança pelo Brasil.

Contudo, apesar da intenção, Claudinei apresentou cautela para não comprometer o mandato.

“O partido que ele for [Jair Bolsonaro] eu pretendo estar junto, só vou ter esse cuidado com a questão da fidelidade partidária. Tem que ver a questão do partido novo, como é que vai ficar.  Para não correr o risco da gente perder o mandato”, explicou.

As declarações ocorrem após Bolsonaro oficializar a saída do PSL (Partido Social Liberal) nesta terça-feira (12). Com isso, ele se torna o primeiro presidente no exercício do mandato sem legenda desde a redemocratização.

O mesmo posicionamento foi adotado por Barbudo, que afirmou que só deve deixar a sigla quando a Aliança estiver pronta para receber os novos integrantes. A decisão foi tomada após reunião entre Bolsonaro e parlamentares da base do presidente.

De acordo com o deputado, até que o processo de criação da nova sigla seja concluída, não haverá nenhuma mudança no PSL.

“Quero convocar uma grande reunião em Mato Grosso para que os 126 diretórios decidam o que fazer. Eu, particularmente, seguirei o presidente Bolsonaro. Aqueles que quiserem ficar no partido terão meu apoio. Não sou de deixar companheiro para trás”.

Barbudo salientou ainda que não haverá nenhum tipo de problema para aqueles que quiserem permanecer no PSL e apoiar Bolsonaro. “Não vamos falar mal do partido que nos deu guarida. Formaremos a Aliança pelo Brasil e em breve terremos outros posicionamentos para explicar melhor os rumos que vamos tomar”.