Deputados dizem que derrubada de veto é recado para Mendes

Os deputados estaduais Valdir Barranco (PT) e Silvio Fávero (PSL) comentaram a “derrota” do Governo Mauro Mendes (DEM) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso durante a sessão desta quarta-feira (27), onde, por 13 votos a 8, em votação secreta, os parlamentares derrubaram dois dos quatro vetos do Executivo.

Um dos vetos, que trata dos Incentivos Fiscais deixou claro, segundo Barranco e Fávero, a insatisfação da base do Governo com Mendes.

Para o petista, o recado dado pelos deputados da base do Paiaguás é claro.

“Se houve algum ruído, foi por falta de entendimento entre o Governo e a base. E isso só me leva a uma explicação: o governador não está bem com a sua base. Há um clima de descontentamento. Para o Governo manter a base, deve haver sempre um diálogo. Acho que o Governo ou ele acorda ou ele vai passar por um período muito ruim aqui na Casa”.

Mesmo sendo da oposição, Barranco alegou que votou com o Executivo para a manutenção do veto.

Com a derrubada do veto pela Assembleia Legislativa, 53 empresas devem ser beneficiadas e o Estado pode amargar um prejuízo milionário, que pode chegar à casa dos R$ 800 milhões.

A ideia do Governo era de manter a concessão do benefício até dezembro deste ano e a partir de 2020 fazer a reinstituição de novos percentuais da carga tributária de MT.

Fávero também acredita que faltou habilidade do Governo em conversar com os deputados.

“Do meu ponto de vista, acho que foi um recado que os deputados mandou (sic) pro Governo. Tudo que o Governo pediu até agora as coisas foram cumpridas aqui dentro”.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (DEM), tentou minimizar a crise da base com o Paiaguás.

Botelho argumentou que o veto dos Incentivos Fiscais teve voto da base e também da oposição.

“Está tendo bastante diálogo. Foi um projeto só que houve esse entendimento, porque os projetos do Governo quase todos aqui têm sido  todos aprovados. A relação da Assembleia com o Governo do Estado ela é boa e continua sendo. Nós não temos nenhum estremecimento com nossas relações. Nós temos que respeitar, eu como presidente, eu sou respeitador da maioria, a maioria votou e a gente tem que respeitar, e o Governo também, isso que é democracia”.

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