Comissão protocola novas denúncias no Gaeco e Defaz

Os membros da Comissão de Ética da Câmara Municipal de Cuiabá, formada por Toninho de Souza (PSD), Ricardo Saad (PSDB) e Vinicíus Hugueney (PP), irão retornar ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco, às 8h30, desta terça-feira (3), e na delegacia Fazendária, às 9h, para protocolar documentação entregue pelo vereador Juca do Guaraná (Avante) à Comissão. Tais documentos referem-se à denúncia-crime que foi protocolada na semana passada.

Na quarta-feira (27), a Comissão protocolou uma denúncia no Gaeco de um relato feito por uma servidora pública durante oitiva decorrente do processo que apura uma suposta quebra de decoro do vereador Abílio Jr (PSC).

O depoimento da servidora, onde tem a identidade preservada pela Comissão de Ética, foi feito na tarde da última terça-feira (26/11), na sede da Câmara de Cuiabá.

Segundo o presidente da Comissão de Ética, Toninho de Souza, a fala da testemunha, arrolada pelo ex-vereador Ozéas Machado, autor da denúncia contra Abílio Jr, é grave.

Nos bastidores, circula a informação de que a servidora teria presenciado uma suposta negociação para compra de votos de vereadores do Parlamento Municipal pela cassação de Abílio Jr quando o relatório do caso for a plenário para votação.

Ozéas Machado acusa Abílio de praticar de forma reiterada e conscientemente atos incompatíveis como decoro parlamentar, por abuso de prerrogativas constitucionais asseguradas ao vereador.

Toninho de Souza não quis revelar o teor do depoimento da testemunha, argumentando que fora feito só de forma verbal, sem provas.

Souza argumentou que o depoimento dela foi aproveitado pela Comissão de Ética e a denúncia protocolada no Gaeco não deve fazer parte do que está sendo investigado pela Câmara de Cuiabá.

“Nós recebemos nesta terça, dia 26, em uma oitiva da Comissão de ética uma depoente que trouxe acusações graves. Ao tomar conhecimento disso, fizemos o nosso papel de tomar o depoimento, mas diante da gravidade da denúncia feita por ela, nós tomamos a atitude, em Comissão, de tirar uma cópia da íntegra das oitivas e protocolar no Gaeco pedindo investigação. Como o que ela colocou não diz respeito a nossa comissão, nos estamos encaminhamos a quem é devido. Estamos fazendo o nosso dever de um agente publico de pedir providências, quando toma conhecimento de uma informação grave”, explicou Toninho.

A investigação feita pela Comissão de Ética definiu, em ata, que todo andamento do caso seria feito de forma sigilosa, sem que a imprensa possa acompanhar o calendário de oitivas, que já prevê novos depoimentos de hoje até sexta-feira.

“Nós temos uma normativa interna da Comissão no caso desta investigação que nos reserva o direito de não falar sobre o conteúdo, sob pena de prejudicar o processo que esta em andamento. Então, não podemos falar sobre o conteúdo que ela relatou, mas podemos dizer que são acusações graves e que nos estamos tomando as providencias devidas cabíveis”, observou Toninho de Souza.

 

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