A Câmara de Vereadores de Cuiabá deve ser palco, nesta terça-feira (3), de uma sessão recheada de ataques, baixarias e tudo pode deixar o ambiente em uma “nitroglicerina” pura.
O clima entre os vereadores deve ter temperatura elevadíssima, principalmente, entre Abílio Jr (PSC) e Juca do Guaraná (Avante), dois personagens que estão em destaque nos últimos dias na imprensa local.
O caso envolve uma denúncia contra o vereador Abílio Jr, que está sendo apurada pela Comissão de Ética da Casa de Leis Cuiabana, após representação do ex-vereador Oséas Machado.
Machado acusa Abílio de praticar de forma reiterada e conscientemente atos incompatíveis como decoro parlamentar, por abuso de prerrogativas constitucionais asseguradas ao vereador.
O caso já foi parar no Ministério Público do Estado (MPE). Na semana passada, o presidente da Comissão de Ética, vereador Toninho de Souza (PSD), junto com Ricardo Saad (PSDB) e Vinicíus Hugueney (PP), protocolaram uma denúncia no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco – de um relato feito por uma servidora pública durante oitiva decorrente do processo que apura uma suposta quebra de decoro do vereador Abílio Jr (PSC).
A servidora acusa o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), de tentar comprar votos de vereadores para conseguir cassar o mandato de Abílio Jr.
Segundo Toninho, a mulher não apresentou nenhuma prova sobre isso. Emanuel Pinheiro nega as acusações e pediu, na manhã desta segunda-feira (2), uma investigação por parte da Assembleia Legislativa de que a máquina estatal estaria sendo usada contra ele.
De acordo com a servidora, no dia 21 de novembro, o vereador Juca do Guaraná (Avante) deu uma festa em sua casa.
Segundo ela, foi nesse evento que teria ocorrido a negociação para cassar Abilinho.
Juca do Guaraná, que mora em um condomínio fechado, nega que a servidora teria ido a esse jantar, já que câmeras de segurança não teriam registrado sua presença no local.