Zaqueu diz que Taques mandou destruir provas dos grampos; VÍDEO

O ex-comandante da Polícia Militar de Mato Grosso, Zaqueu Barbosa, em depoimento à delegada Ana Cristina Feldner, que compõe a força-tarefa das investigações da Grampolândia Pantaneira, afirmou que o então governador Pedro Taques (PSDB) teria dado ordem para que ele destruísse o material produzido pelas escutas ilegais.

A ordem de Taques, segundo Zaqueu Barbosa, ocorreu dentro do gabinete do governo, no Palácio Paiaguás, no início do segundo semestre de 2015, quando a Grampolândia Pantaneira ainda não era de conhecimento público.

Em um vídeo divulgado pelo site Gazeta Digital, nesta segunda-feira (16), Barbosa dá detalhes sobre o pedido feito pelo tucano quando o então secretário de Segurança Pública, promotor de Justiça Mauro Zaque, esteve em um encontro com o militar em que teria relatado o conhecimento sobre as escutas ilegais.

Segundo o ex-comandante da PM, logo após a reunião com Zaque, ele mandou que os coronéis Siqueira Júnior e Evandro Lesco parassem de operar os grampos.

Após alguns dias a esse fato, Zaqueu Barbosa disse que teve um encontro com Pedro Taques.

Nessa reunião com o chefe do executivo estadual, Barbosa comentou o que foi a conversa com Mauro Zaque e que teria dito a mesma coisa para Taques.

Zaqueu queria que fosse aberto um procedimento para investigar todos os fatos e, que naquele momento, colocou o seu cargo de comandante da PM à disposição.

“Fica tranquilo, você está preocupado, você está precipitado. Eu vou resolver esse assunto”, disse Taques, segundo o depoimento de Zaqueu Barbosa.

Ainda na conversa com Pedro Taques, o coronel observou, que após o encontro com Mauro Zaque, mandou Siqueira e Lesco pararem de operar os grampos.

Após essa fala, segundo Barbosa, o governador Pedro Taques teria, então, dado a ordem: some com o material.

“Sumir com o material, é sumir com a materialidade, doutora”, relatou Zaqueu.

Após a “determinação” de Taques, segundo Zaqueu Barbosa, ele se reuniu com Siqueira e Lesco e mandou que os dois sumissem com o material produzido pela Grampolândia Pantaneira.

Ainda na oitiva, o ex-comandante da PM, dois dias após dar a ordem aos dois coronéis, se encontrou com Siqueira e Lesco que confirmaram terem dado sumiço no material.

OUTRO LADO

O ex-governador Pedro Taques (PSDB) sempre negou qualquer participação no esquema. O então chefe do executivo ainda encaminhou pedido ao Superior Tribunal de Justiça para que fosse investigado. Taques alega que até hoje ainda não foi chamado para dar sua versão sobre o caso.

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