Após prisão, vereador diz ser ‘defensor do povo’

O vereador Jânio Calistro (PSD) ao deixar a sede da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), na manhã desta quinta-feira (19), parou e deu uma declaração à imprensa, que o aguardava do lado de fora, Jânio alega ser inocente e diz que vai esclarecer tudo.

Ele foi preso durante a Operação Cleanup suspeito de integrar uma quadrilha responsável por 90% do tráfico de drogas do município de  Várzea grande, e é acusado de associação para o tráfico.

“Você acha que tenho cara de traficante, sou defensor do povo. Sou vereador de Várzea Grande e isso vou provar para vocês. Vou provar minha inocência e depois chamar vocês [imprensa] para me esclarecer. Podem ficar tranquilo que vou provar para vocês minha inocência”, exaltou o vereador.

Conforme o delegado titular da DRE, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, disse que as investigações apontam que, Jânio colaborava e servia com um consultor da quadrilha, ele passava informações de compra e venda de entorpecentes ao grupo.

“Por conta da experiência, por já ter sido policial, ele tinha essa orientação também de como a quadrilha pudesse fazer a ação criminosa, sem que fossem incomodados pela polícia. Ele orientava e auxiliava as formas de como deveriam ser vendidas (as drogas), os períodos que seriam realizadas as transações, trocas de plantões e uma série de dicas que colaborou”, disse o delegado.

O outro lado

A advogada do Jânio, Marcele Ramires Pinto Coelho, declarou que o vereador não tem nenhuma ligação com a quadrilha de tráfico de drogas, e que as acusações são frágeis, os áudios usados como prova contra Calistro não o ligaria com o bando e nem com crimes.

“Não nos foi dado a vista desses áudios, o que foi relatado, foram questões muito por cima, que realmente não indicia o vereador, mas assim que tivermos acessos aos áudios, vamos mostrar para a imprensa que realmente ele não tem nada a ver com isso. Foi lido alguns trechos de conversas, muito frágeis, que não liga o vereador, ele conhece muitas pessoas, diariamente ele atende muitas pessoas, não tem como saber quem é traficante e quem não é”, defendeu a advogada.

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