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Dizia Nelson Rodrigues que o Fla-Flu começou 40 minutos antes do nada. Pois bem.
Para Pedro, o clássico desta quarta-feira teve início sete meses antes do pontapé inicial da semifinal da Taça Guanabara, às 20h30 (de Brasília), no Maracanã.
Junho se aproximava do fim quando o Rubro-Negro fez a primeira proposta de compra ao Tricolor.
Desde então, não é segredo para ninguém o desejo do atacante de defender o então rival.
A novela teve capítulos em italiano e final feliz para Flamengo e Pedro com direito a provocação no anúncio oficial:
“É sempre bom voltar para casa”, diziam as redes sociais rubro-negras.
Por mais que comece no banco de reservas como nas duas últimas partidas (onde fez dois gols), Pedro é o personagem que mais mexe com as duas torcidas no clássico decisivo. Motivos para isso não faltam.
Cria de Xerém, mas apaixonado pelo clube do Ninho, o camisa 21 tem a história diretamente ligada aos rivais. A exceção está nos dois anos em que peregrinou por Bangu, Artsul e Duque de Caxias ainda na base, e os seis meses na Fiorentina.
Em Fla-Flus na base, Pedro tem 4 jogos e 2 gols. Já pelo profissional, são 7 jogos e 1 gol.
Dos oito aos 14 anos, era em vermelho e preto que Pedro sonhava no futebol. Passou pelo futsal do clube do coração, mas acabou dispensado em 2011.
Encontrou abrigo nas Laranjeiras em 2013 e se encontrou dentro de campo.