O clima ficou estremecido, nesta quarta-feira (12), na posse do deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) como novo presidente do diretório do PSDB no Estado. O parlamentar assumiu o comando tucano no lugar do ex-vereador Paulo Borges.

O evento de posse teve a presença do ex-deputado federal Nilson Leitão, que por um tempo falou da sua eventual candidatura à eleição suplementar ao Senado, prevista para 26 de abril.

O termômetro do encontro subiu quando o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) fez a sua fala.

Wilson defendeu o nome do empresário Luiz Carlos Nigro para ser candidato à prefeitura de Cuiabá.

O recado, apesar de não ser nominal, foi para dois vereadores do PSDB presentes, Renivaldo Nascimento e Ricardo Saad, este último presidente do diretório municipal de Cuiabá.

Os dois parlamentares argumentam que a legenda não tem estrutura financeira e nome para a disputa do Palácio Alencastro e declaram que o melhor caminho seria seguir com Emanuel Pinheiro (MDB).

Para demover, Wilson Santos observou que mesmo Nigro não tendo uma estatura ideal para disputar uma eleição majoritária, ele já vivenciou vitórias eleitorais improváveis.

O deputado falou de três casos. O primeiro, a vitória de Frederico Campos, em 1988, contra o então candidato Roberto França.

Santos relatou que acreditar na vitória de Frederico Campos naquele pleito seria impossível fazer novos prognósticos.

O parlamentar citou a vitória de Dante de Oliveira, em 1998, em cima de Júlio Campos (DEM). Dante, que concorria à reeleição, pontuava 13% nas pesquisas, contra 42% de Campos. Mesmo assim, a vitória veio para o PSDB.

Por último, Wilson comentou a vitória de Blairo Maggi (PP) ao Governo do Estado, em 2002, quando tinha apenas 2% e o então senador Antero Paes de Barros era considerado favorito. Maggi foi eleito e reeleito.

Ainda na fala de Wilson Santos, o vereador Renivaldo Nascimento (PSDB) falou da sua preocupação em relação à eleição municipal.

Nascimento citou que Nigro é um excelente nome para a disputa, mas o PSDB não estaria em condições financeiras para bancar a majoritária e a eleição para os vereadores.