O diretor-geral da Polícia Civil de Mato Grosso, Mário Demerval, disse, em entrevista ao Mato Grosso Mais, que a saída dos delegados Lindomar Tofoli e Anderson Veiga da Delegacia Fazendária (Defaz) foi um procedimento comum. Ele ainda argumentou que a Defaz não funciona mais com cinco delegados, somente com dois.

O chefe da PJC observou que com a criação da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), que conta com três delegados especializados em lavagem de dinheiro, a Polícia Civil dará uma resposta mais eficiente contra o crime.

A saída de Tofoli e Veiga da Defaz provocou um estremecimento no campo político.

Os dois profissionais devem ser ouvidos pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso sobre os motivos que levaram a direção da Polícia Civil tirá-los da Delegacia Fazendária.

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), fez o pedido ao presidente da ALMT, deputado estadual Eduardo Botelho (DEM), para que Tofoli e Veiga fossem ouvidos sobre um suposto uso indevido da Defaz por parte do Governo do Estado para prejudicá-lo politicamente.

O caso

Pinheiro protocolou na presidência da AL, no dia 02 de dezembro, documentos que foram encaminhados ao presidente e vice-presidente da Casa, Eduardo Botelho e Janaina Riva (MDB), respectivamente, onde consta denúncias de suposto uso da máquina pública estatal, via Defaz, para prejudicá-lo politicamente.

O caso em que Emanuel acusa o suposto uso da Defaz envolve a denúncia de uma servidora da Saúde que acusa o prefeito de tentar comprar vereadores para cassar o mandato de Abílio Jr (PSC).

O prefeito teria conhecimento de que delegados da Defaz já estariam orientados a agir com rigor contra o chefe do executivo municipal.

Porém, os mesmos policiais não teriam aberto nenhuma investigação, que teria como alvo um jantar na casa do vereador Juca do Guaraná, ocorrido no dia 21 de novembro.