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CPI DO PALETÓ

BOMBA! Silval diz que MPE sabia de extorsão praticada por deputados e Tribunal de Contas; vídeo

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Divulgação

O ex-governador Silval Barbosa (sem partido) afirmou, durante o depoimento prestado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó, nesta segunda-feira (02), na Câmara Municipal de Cuiabá, que pediu uma reunião com o então procurador-geral de Justiça do Estado, Paulo Prado, para relatar que estava sendo alvo de uma suposta extorsão praticada pelos deputados da Assembleia Legislativa e pelo Tribunal de Contas do Estado. O encontro teria acontecido dentro do Palácio Paiaguás.

Segundo o ex-chefe do executivo estadual, Prado teria chegado a sugerir que ele, Silval, gravasse os parlamentares para que o Ministério Público do Estado (MPE) pudesse tomar providência, mas o plano não foi para frente e o ex-governador argumentou que teve de tocar o Governo da forma como teria se sujeitado.

“Não estou vinculando grau parentesco de nada. Não foi negado audiência. Quando um governador quer conversar com um presidente, não precisa deslocar, você convida e ele vem no gabinete. Foi o que foi feito. Em uma reunião com o doutor Paulo [Prado] eu falei o que estava acontecendo. Expliquei bem que não era só ali [Assembleia Legislativa] era outros que estavam, como o Tribunal de Contas. Eu relatei que estava passando por uma série de problemas, com dificuldades das mais perversas para executar os programas de Governo”, disse Silval.

“Ele ficou de analisar e me dá uma resposta. Demorou um pouco. Falei novamente numa outra reunião. E, por fim, ele falou que era para gravar, para flagrar todo mundo. Eu disse que dava a ele todas as informações do que estava acontecendo para ele verificar, mas ficou por isso mesmo e eu toquei da forma que me sujeitei”, acrescentou o ex-governador.

A CPI investiga suposta quebra de decoro e obstrução da Justiça por parte do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), que foi filmado recebendo maços de dinheiro no Palácio Paiaguás.

Silval contou que chegou a pagar R$ 15 milhões ao ano em mensalinho aos deputados estaduais, durante a sua gestão, para que eles não atrapalhassem o andamento das obras da Copa do Mundo e do Programa MT Integrado.

“Quando começou a sair recursos foi um inferno na administração. Começou extorsão de todo lado, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado. Depois de várias reuniões, cada deputado pediu R$ 1 milhão. Fechamos em R$ 600 mil, em 12 vezes de R$ 50 mil ao mês”, contou.

Silval disse que incubou o ex-secretário-adjunto da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), Valdísio Viriato, para conseguir o dinheiro junto às empresas do programa MT Integrado.

Assim que recebia a propina dos empresários, segundo o ex-governador, Viriato repassava ao ex-chefe de gabinete, Silvio Correa, que entregava aos parlamentares. Silvio foi quem gravou o vídeo em que Emanuel aparece recebendo dinheiro. (Com informações do Midianews).

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