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ELEIÇÃO SUPLEMENTAR

José Medeiros acusa Mauro Mendes de tentar adiar eleição para beneficiar Fávaro; ouça

Agência Braisl

O deputado federal José Medeiros (Podemos) acusa o governador Mauro Mendes (DEM) de tentar adiar a eleição suplementar ao Senado para beneficiar seu candidato, o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD).

Para mostrar sua revolta, o parlamentar distribuiu um áudio, em vários grupos de Whatsapp, em que desfere pesadas críticas contra o chefe do executivo estadual.

No áudio, Medeiros diz que a estratégia de Mendes é levar a eleição suplementar para ser realizada juntamente com as eleições municipais, em outubro.

“O governador quer eleger o candidato dele. Chega na eleição de prefeito, qual prefeito que vai querer ficar contra o governador. O cara vai  trabalhar igual jumento para eleger o candidato do governador. Isso desequilibra o pleito”, comentou.

Medeiros ainda cita que o chefe do Paiaguás tentou fazer uma gambiarra para colocar Fávaro no lugar de Selma, até que a eleição suplementar fosse realizada. E levanta suspeita do Governo citar o “coronavírus” no pedido encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso para que a suplementar ocorra com as municipais.

O Governo do Estado encaminhou ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE/MT) um pedido administrativo para o adiamento da eleição suplementar, marcada para 26 de abril.

O pedido foi feito nesta quarta-feira (04.03) sob o princípio da economicidade.

A administração estadual defendeu que os custos para a realização do pleito são elevados e que seria mais sensato e prudente unir as eleições suplementar e proporcional em outubro.

Somente para a eleição suplementar, o TRE prevê gastos no montante de R$ 8 milhões.

Além disso, o Estado deverá arcar com despesas para garantir a segurança pública no dia do pleito eleitoral e com a manutenção das escolas estaduais, utilizadas como locais de votação.

“Teremos eleições municipais em outubro e seria muito mais sensato, inclusive financeiramente, aproveitar essa mobilização e realizar a escolha tanto para vereadores e prefeitos, como para senador. A decisão cabe, logicamente, ao Tribunal Superior Eleitoral [TSE], mas o Governo argumentou que o pleito custa caro e esses recursos poderiam ser utilizados em investimentos para outras áreas, como saúde e educação”, pontuou o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, durante entrevista coletiva para a imprensa, no Palácio Paiaguás.

O Estado também argumentou que “submeter a população a novo pleito eleitoral sem data para que o escolhido assuma o cargo acaba por violar a própria soberania dos detentores originais do poder, o povo”, uma vez que a senadora Selma Arruda permanece no cargo. Dessa forma, não seria lógico a realização de uma eleição para a escolha de um cargo ao Senador que ainda permanece ocupado.

“O Governo entende não se justificar uma eleição neste momento, uma vez que o cargo não está vago e não há previsão em curto prazo para esta vacância. Apesar da Justiça Eleitoral determinar a cassação da senadora Selma Arruda, ela permanece no exercício de suas funções e não há data prevista para deixa-las”, explicou o chefe da Casa Civil.

Por último, o Governo apontou ainda existir a proliferação do novo coronavírus, que no Brasil já alcançou mais de 400 casos suspeitos da doença.

Evitar locais com grandes fluxos de pessoas é uma das determinações das autoridades de saúde para a prevenção à proliferação do vírus.

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