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ENTREGANDO OPOSITORES

Abílio Júnior cita drogas, nudes e processos de colegas da Câmara

THIAGO ANDRADE/GAZETA DIGITAL
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Reprodução

O processo de cassação do vereador Abílio Junior (PSC) foi marcada por intensa troca de acusações entre os vereadores da Câmara de Cuiabá, remetendo aos velhos tempos em que o Legislativo ganhou o apelido de ‘Casa dos Horrores’.

Abílio Júnior buscou atacar cada um dos seus opositores.

Falou do caso de abuso de menor envolvendo o vereador Chico 2000 (PL), que de pronto respondeu que o caso já foi arquivado por de declarações da vítima.

O vereador chamou Juca do Guaraná (Avante) “de Juca Pó de Guaraná” em alusão ao suposto esquema da campanha do vereador de compra de votos com o uso de entorpecente.

Em sua defesa, Juca disse que tem um CPF próprio e que não responde por atos de sua família e acusou a Jacques Brunini, tio de Abílio de ter sido dono de jogo do bicho em Cuiabá.

Também destacou que a mãe e outras pessoas de sua família seriam funcionários fantasmas de órgãos público. Brunini foi assassinado em 2002 na Capital.

Abílio também acusou o vereador Adevair Cabral (PSDB) de mandar nudes para mulheres.

O vereador foi defendido pelo líder do prefeito, vereador Luís Cláudio (Progressistas), que lembrou que o tucano já teve o caso arquivado depois que a mulher que recebeu a foto teria inocentado o vereador do caso.

Abílio também atacou o vereador Ricardo Saad (PSDB) o acusando de favorecer pessoas escolhidas para receber atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de Cuiabá.

Isso foi rebatido por Saad que lembrou que em mais de 20 anos de vida pública não responde por atos irregulares e destacou que a postura de Abílio sempre de atacar os colegas de parlamento.

O vereador Toninho de Souza (PSD) foi classificado por Abílio como ‘pau mandado do prefeito’ e disse que parlamentar paga para ter apoio nas redes sociais.

Em sua defesa Toninho disse que foi escolhido como alvo de Abílio.

Destacou que a Câmara vai lembrar da passagem de Abílio no Legislativo, mas que o jeito raivoso do vereador também será lembrado.

“Deus condena o que o senhor traz dentro do coração; a raiva, eu conheço uma pessoa que de tanta raiva teve um câncer de fígado”, disse Toninho.

O parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) pedia o arquivamento do processo, mas ele não foi aceito pela Câmara.

Os vereadores rejeitaram por 14 votos não, 10 votos sim e uma abstenção.

Cassado, Abílio Júnior vai recorrer à Justiça para tentar reverter a decisão do Legislativo.

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