Os dois delegados da Polícia Judiciária Civil (PJC) Lindomar Tófoli e Anderson Veiga, que foram afastados da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), por suposta pressão política por tarde do Governo do Estado, foram convocados e serão ouvidos na próxima terça-feira (17), no Gabinete da Presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, às 15h.

O requerimento de convocação partiu do deputado Lúdio Cabral (PT), e foi emitido na última segunda-feira (9). A denúncia foi feita pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), sobre um suposto uso indevido da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz) por parte do Governo do Estado para prejudicá-lo politicamente.

Este requerimento passou pelo Parlamento, e foi votado e aprovado pelos 24 deputados. Para o presidente da Casa, mesmo com os desdobramentos do caso, que passou a ser investigado pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) do Ministério Público, a AL pretende tomar providências em relação à denúncia feita pelo emedebista.

Conforme documento, eles serão ouvidos a respeito da denúncia do prefeito de Cuiabá, durante reunião do Colégio de Líderes.

O caso

Pinheiro protocolou na presidência da AL, no dia 02 de dezembro, documentos que foram encaminhados ao presidente e vice-presidente da Casa, Eduardo Botelho e Janaina Riva (MDB), onde constam denúncias de suposto uso da máquina pública estatal, via Defaz, para prejudicá-lo politicamente.

O caso em que Emanuel acusa o suposto uso da Defaz envolve a denúncia de uma servidora da Saúde que acusa o prefeito de tentar comprar vereadores para cassar o mandato de Abílio Jr (PSC).

O prefeito teria conhecimento de que delegados da Defaz já estariam orientados a agir com rigor contra o chefe do executivo municipal.

Porém, os mesmos policiais não teriam aberto nenhuma investigação, que teria como alvo um jantar na casa do vereador Juca do Guaraná, ocorrido no dia 21 de novembro.