https://matogrossomais.com.br/wp-content/uploads/2020/03/bruna-cercal-joinville2.jpg

MORDIDA DE TUBARÃO

‘Quem surfa em Noronha já está ciente’, diz turista

Instagram/Reprodução

De volta a Joinville, no Norte do estado, e recuperada do susto, a catarinense Bruna Cercal, de 28 anos, mordida por um tubarão enquanto surfava na Praia do Bode, em Fernando de Noronha (PE), conta que pretende voltar a praticar o esporte assim que estiver recuperada.

Após seis dia de estadia, a viagem de volta a Santa Catarina ocorreu no fim da tarde de terça-feira (10), conforme o programado, após receber alta do hospital.

A gerente de contas é natural de Joinville e foi a primeira vez que visitou o arquipélago pernambucano, durante viagem de férias com o marido.

O incidente ocorreu no último dia do casal no local. “Meu amigo disse que viu o tubarão, tinha um metro e um metro e meio, mais ou menos.

Ele tava sentado em uma pedra e tentou avisar [quem estava na água], mas não deu pra ouvir”, lembra.

Bruna, que já surfa há anos, conta que os surfistas que frequentam a região sabem que aquele local é habitado por tubarões e que é comum esses animais ficarem em busca de cardume de peixes.

Ela pondera que a espécie não é considerada agressiva, por isso não considera o ocorrido como um ataque.

“Quem surfa em Noronha já está ciente do que pode acontecer, porque tem muitos. O tubarão lá ele não ataca, ele responde ao reflexo quando tu cai em cima. Então eu sabia que, se eu caísse em cima, eu poderia esbarrar em um tubarão, só que nesse caso foi no raso. Por isso eu nem condeno o animal nem nada”, disse.

Bruna levou pontos na perna e, apesar do susto, disse que não teve lesão mais séria e que o corte não atingiu nenhum ligamento.

Ela contou ainda que o movimento da perna não ficou prejudicado e que a retirada dos pontos será feita em 10 dias. A catarinense falou que, depois disso, fará sessões de fisioterapia e espera voltar ao mar.

“Vou [voltar a surfar], inclusive em Noronha, porque a onda lá é sensacional. Melhor lugar que eu já surfei no Brasil. Pra quem surfa, Noronha é um sonho, né. Já era uma coisa que eu desejava muito, não me arrependo. Continuou sendo um sonho, peguei muita onda então está valendo”, diz.

Bruna e o marido voltaram a Joinville no dia seguinte ao acidente, após receber alta do hospital — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo

O acidente

A joinvilense recorda que no dia do acidente surfava desde cedo. Antes de chegar na praia do Bode, tinha passado pelo Boldró e pela Cacimba do Padre.

No momento da mordida, estava sentada na prancha de bodyboard, prestes a sair da água.

“Eu estava na saideira, quando senti a pressão, algo me puxar. Ele [o tubarão] deve ter ido morder um cardume e largou”, relata.

Ao olhar para trás, ela diz que não conseguiu ver a barbatana nem o tamanho do animal, somente o movimento na água.

Após a mordida, ela foi socorrida por surfistas, que improvisaram um curativo, e levada ao hospital em um bugue de pessoas que estavam na praia.

Segundo a jovem, um dos turistas mencionou que já tinha avistado vários tubarões na praia das Bode, onde o acidente aconteceu, e na Praia das Américas.

Apesar de ter perdido muito sangue, a situação foi contida ainda no hospital São Lucas, por isso não precisou ser levada a Recife.

Veja Mais

Deixe seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *