DA REDAÇÃO / LEONARDO MAURO
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A presidente da Associação do Segmento da Pesca do Estado de Mato Grosso (ASP-MT), Nilma Silva, gravou um vídeo nesta terça-feira (31), onde acusa o Governo de Mato Grosso de enviar uma mensagem à Assembleia Legislativa (ALMT), disfarçada como projeto de piscicultura, que segundo ela, na verdade, é o projeto de lei polêmico, o Cota Zero.
“Eu quero dizer a todos os mato-grossenses que estiverem me ouvindo nesse momento, amanhã (1º), será votado pela primeira vez, vai ser a primeira votação do projeto do Governo que está com nome de piscicultura, mas, na verdade, não passa da Cota Zero”, acusou Nilma.
A proposta, de autoria do Governo do Estado, previa a proibição do transporte e comercialização de peixes nativos de Mato Grosso pelos próximos cinco anos.
O segmento da pesca, envolvendo lojas de iscas e materiais para as atividades, além de pescadores profissionais e amadores, pressionaram o governo e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), até o arquivamento do projeto.
O outro lado
A polêmica voltou à tona após a circulação do vídeo (veja ao final da matéria), nesta primeira semana de abril.
O deputado Eduardo Botelho (DEM), presidente da ALMT, em conversa com jornalistas na manhã desta quarta-feira (01), negou que a mensagem enviada pelo Governo se trata do Cota Zero.
“Bom, não tem nenhum projeto que diz respeito a pesca aqui, o projeto que está aqui, é um projeto relacionado a escavação para fazer tanques para agricultura familiar, tanques pequenos”, explicou o presidente.
Segundo Botelho na mensagem não tem nenhuma referência sobre a pesca, para ele onde surgiu a confusão foi no parecer onde diz que, “isso é muito bom, vai incentivar a pesca, inclusive com a possibilidade de suspender a pesca através do Cota Zero, mas não tem nada a ver, ele estava apenas fazendo uma justificativa para aprovar esse projeto”, disse Botelho.
Veja o vídeo:
Na verdade, MM quer acabar com a pesca artesanal dos ribeirinhos para que a sua turma de “empresários” possam instalar quantas hidrelétricas que quiserem nos rios de MT. Poderão represar os rios já que não precisará mais ter período de piracema mesmo, não é!?!