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IDOSO ESTAVA ISOLADO

Filho de idoso vítima do Covid-19 questiona morte e secretário rebate

DA REDAÇÃO/ MATO GROSSO MAIS
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O Secretário de Saúde do Estado, Gilberto Figueiredo em coletiva online, na manhã dessa segunda-feira (20), se posicionou referente a polêmica envolvendo a primeira vítima do Covid-19 em Cuiabá, o senhor Nelson Antônio Ferraz, 79 anos, que faleceu com coronavírus.

Gilberto relatou que há possibilidades dos testes darem “falso negativo” ou “falso positivo”, mas que isso não acontece em exames feitos no laboratório responsável de realizar os testes para diagnosticar a doença, o Laboratório Central (Lacen), porém, pode suceder nos testes rápidos.

O filho de Nelson, o advoga Adriano Pagotto, vem questionando o laudo da morte do pai, que veio a falecer no último dia 15, e alega que seu pai estava de quarentena em um sítio em isolamento total.

O advogado disse que não é fácil aceitar o resultado do exame, já que sua mãe que estava junto a Nelson nos últimos 40 dias realizou o teste e deu negativo.

“Se meu Pai morreu de ‘covid-19’, porque então não saiu na certidão de óbito?! Porque saiu choque séptico, síndrome da angústia respiratória aguda, tromboembolismo pulmonar, hipertensão arterial sistêmica. Nem foi colocado suspeita de covid-19. Até que ponto devemos acreditar no Lacen ? Ou será que o governo precisa de dados estatísticos para alegar seus procedimentos e com isto postergar dívidas federais e receber mais valores?!”, questiona.

Gilberto ainda rebate que a responsabilidade de atestar o óbito do paciente é do médico, e se algum familiar quiser entrar na justiça para questionar a causa da morte poderia, já que segundo Figueiredo todos os exames feitos no LACEM não são suscetíveis a erros e que o Estado segura a qualidade do serviço prestado.

Pagotto ainda afirma que antes de tomar quaisquer outras medidas judiciais, irá fazer outro teste do covid-19 juntamente com a sua mãe, porém, agora será o IgG/IgM, já que o PCR deu negativo para ambos.

Por fim, o filho do aposentado já entrou em contato com o delegado titular da Delegacia Especializada do Idoso, bem como com um membro do Ministério Público, e não descarta até uma exumação para melhor apuração.

“Não vou aceitar que meu pai seja um bode expiatório”, finaliza.

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