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BRASILEIRO

Cruzeiro realizou pagamento por serviços religiosos durante luta contra rebaixamento

GABRIEL DUARTE/GLOBOESPORTE.COM
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Divulgação/Mineirão

O Cruzeiro realizou três depósitos de pagamento a um babalorixá (comumente chamado de pai de santo), que chegaram a R$ 6 mil, durante a luta contra o rebaixamento do Brasileiro, ano passado.

Os pagamentos foram feitos entre outubro e novembro, da conta do clube, ao membro religioso.

A informação foi publicada inicialmente pelo UOL Esporte e confirmada pelo GloboEsporte.com, que teve acesso ao depósito dos pagamentos a Reginaldo Muller Pádua.

Os pagamentos foram autorizados por Benecy Queiroz, supervisor administrativo do clube, e endereçados para efetivação do pagamento para Juliana Moreira, membro do departamento financeiro do clube.

Primeiro pagamento feito foi no dia do jogo contra o São Paulo — Foto: Twitter/Mineirão

Dois deles foram realizados em dias de jogos do Cruzeiro, pelo Brasileiro. O primeiro depósito (R$ 2.500), via TED, foi efetuado, em 16 de outubro, às 15h36 (de Brasília). Horas antes do jogo entre Cruzeiro e São Paulo, no Mineirão, vencido pela Raposa por 1 a 0, com gol de Thiago Neves.

O segundo, no valor de R$ 3 mil, ocorreu em 13 de novembro, às 14h26, três dias depois do empate sem gols no clássico com o Atlético-MG e cinco dias antes do jogo decisivo com o Avaí, que também terminou empatado sem gols.

O terceiro e último depósito foi de R$ 500 e ocorreu em 28 de novembro, às 11h56, dia da partida contra o CSA, em disputa direta contra o rebaixamento. O Cruzeiro perdeu por 1 a 0, no Mineirão, e se complicou bastante na tentativa de escapar da queda.

Os serviços, como consta na ordem de pagamento do dia 16 de outubro, teriam sido realizados em Brasília. A reportagem tentou falar com o presidente do Cruzeiro, na época, Wagner Pires de Sá, mas ele não atendeu às ligações, nem respondeu às mensagens.

O supervisor do Cruzeiro, Benecy Queiroz, também não respondeu às mensagens, nem atendeu às ligações. Responsável pelo futebol na época, Zezé Perrella disse, por meio de mensagem, desconhecer a situação.

O babalorixá foi também procurado pela reportagem, mas não atendeu às ligações. Ao UOL, ele afirmou que o acordo foi feito com Perrella e que ainda falta o depósito de R$ 4 mil.

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