Além disso, os especialistas reforçam que cada país tem um cenário específico de combate à pandemia e que medidas de contenção têm que levar em conta as especificidades locais.
Veja, abaixo, os marcos dos países com mais vítimas da Covid-19:
- 17/03 – Primeira morte é confirmada em São Paulo
- 08/05 – Pico diário de mortes (827; pela contagem do Ministério da Saúde, foram 751)
- 08/05 – O país chega aos mais de 10 mil casos
O Brasil completou mais de 10 mil mortes enquanto começou a ter medidas mais severas de isolamento em zonas que já vivenciam uma sobrecarga no sistema de saúde, como cidades do Norte e do Nordeste do país.
Na terça-feira (5) o governo do Pará decretou lockdown na capital, Belém, e em outras grandes cidades do estado. Na Região Nordeste, Maranhão e Ceará também decretaram medidas similares. Em São Paulo, estado onde houve a primeira confirmação de Covid-19 no país, as medidas de distanciamento social e o fechamento de comércios não essenciais foram prorrogadas.
O Ministério da Saúde afirma que não há como saber exatamente quantas pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus no país. Sem a testagem em massa, boa parte dos portadores assintomáticos ou com sintomas leves não chega a ser testada e a prioridade é para os pacientes graves.
- 15/03 – Primeira morte na França
- 07/04 – Pico diário de mortes (1.417)
- 07/04 – O país registra 10.328 mortes
A França registrou sua primeira morte por Covid-19 em 15 de fevereiro. O pico diário de casos aconteceu 53 dias depois, e em 24 horas o país contabilizou 1.417 mortos – no mesmo dia em que ultrapassou a marca das 10 mil mortes.
O país europeu chegou a estender o prazo das medidas de isolamento para conter o avanço da doença e, por conta dos bloqueios, a França viu uma queda nas hospitalizações e já anunciou a reabertura de colégios a partir de segunda-feira (11).
- 03/03 – Primeira morte confirmada na Espanha
- 02/04 – País registra pico diário de mortes (1.417)
- 02/04 – O país chega chega as 10.328 mortes
Em 3 de março, a Espanha registrou sua primeira morte por complicações da Covid-19, apenas um mês depois o país já contabilizava 10.348. No mesmo dia, em 2 de abril, ela atingiu o pico de mortes, registrando 961 vítimas em 24 horas.
O país foi um dos que tomou as medidas de isolamento mais controladas de todo o continente europeu. Com a queda no número de infectados e a redução nas contagens diárias de mortes o país já começa a se reabrir gradualmente.
No domingo (3) os residentes puderam sair de casa para caminhar e praticar esportes individuais, pela primeira vez em mais de 1 mês.
- 23/02 – Primeira morte confirmada na Itália
- 27/03 – Pico de mortes (919)
- 28/03 – Chegou a 10.023 mortes na Itália
Por muito tempo o país mais afetado da Europa, a Itália teve sua primeira morte em 21 de fevereiro. quase 5 semanas depois o país já ultrapassava as 10 mil vítimas do novo coronavírus. Um dia depois de atingir o pico diário de 919 mortes, o governo italiano contabilizou 10.023 vítimas da Covid-19.
O país demorou para responder à emergência além de impedir que governos regionais tomassem medidas de isolamento individuais. A decisão afetou a forma com que o país enfrentou a epidemia e até o dia 9 de maio, a Itália registrava mais de 30 mil mortes.
- 06/03 – Primeira morte confirmada no Reino Unido
- 10/04 – O país chega a 10.760 mortes
- 21/04 – Pico de mortes no Reino Unido (1.172)
Inicialmente o país optou por um isolamento vertical e apostou na imunização de rebanho, mas voltou atrás ao ver as projeções de casos e mortes aumentar no país que ultrapassou a Itália e se tornou o com mais casos em toda a Europa, são até o momento mais de xxxx mil mortes.
O Reino Unido contabilizou sua primeira morte em 6 de março, e pouco mais de 1 mês depois já marcava as 10.760 vítimas. O pico aconteceu dias depois, em 21 de abril, quando o país registrou 1.172 mortes em apenas 24 horas.
- 29/02 – Primeira morte confirmada nos Estados Unidos
- 04/04 – O país tem 10.855 mortes
- 29/04 – Pico de mortes (2.612)
Os Estados Unidos registraram sua primeira morte no final de fevereiro, mas em apenas 36 dias o país ultrapassava as 10 mil. Em 4 de abril, o governo norte-americano anunciava a contagem de 10.855 mortes, mas ainda estava longe de chegar ao pico da doença até o momento.
Em 29 de abril o país teve o maior número diário de mortes, com 2.612, mas os Estados Unidos estão há mais de 1 mês com uma contagem diária acima das 1.000. A maior parte das vítimas, mais de 25 mil, se concentra na cidade de Nova York que viu um colapso no seu sistema de saúde e funerário.
O presidente Donald Trump mudou seu discurso diversas vezes durante a epidemia e chegou a dizer que iria pôr fim às medidas de isolamento nos EUA antes da Páscoa. Ele voltou atrás e garantiu que não acabaria com as medidas “de forma precipitada”. O país tem hoje mais de xxxxx milhão de casos confirmados da doença.
Subnotificação e governança
O professor da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, Domingos Alves, disse ao G1 que, no Brasil, a subnotificação dificulta o acompanhamento da epidemia e o desenvolvimento de políticas de combate e proteção.
“O governo tem que começar a liberar dados mais fidedignos, mais estruturados para que se possa fazer o acompanhamento da epidemia” – Domingos Alves, professor da FMRP.
Ele ainda estima que as mortes no país já estejam em mais de 10 mil.
Para o ex-diretor do Instituto Adolfo Lutz e epidemiologista da Faculdade de Saúde Pública da USP, Eliseu Waldman, os altos índices dos EUA são inesperados mas que acompanham, segundo ele, uma má-governança do país.
“Não se esperava inicialmente que a pandemia alcançasse os resultados nas dimensões que tem alcançado nos EUA” – Eliseu Waldman, epidemiologista.
Ele justifica a surpresa porque, ao ser uma das maiores economias do mundo, e ter um sistema de vigilância em saúde bastante efetivo, o esperado era que a resposta dos EUA fosse eficaz. Mas o pesquisador ressalta que um dos pontos fracos do país é seu sistema de saúde não universal.
Waldman também destacou que a Bélgica, um país pequeno e com boa estrutura de saúde, se arriscou a princípio ao não tomar medidas mais fortes de controle e isolamento. Para ele, esse também é um dos motivos que colocou o país entre os mais afetados em toda a Europa.
O Reino Unido contabilizou sua primeira morte em 6 de março, e pouco mais de 1 mês depois já marcava as 10.760 vítimas. O pico aconteceu dias depois, em 21 de abril, quando o país registrou 1.172 mortes em apenas 24 horas.
- 29/02 – Primeira morte confirmada nos Estados Unidos
- 04/04 – O país tem 10.855 mortes
- 29/04 – Pico de mortes (2.612)
Os Estados Unidos registraram sua primeira morte no final de fevereiro, mas em apenas 36 dias o país ultrapassava as 10 mil. Em 4 de abril, o governo norte-americano anunciava a contagem de 10.855 mortes, mas ainda estava longe de chegar ao pico da doença até o momento.
Em 29 de abril o país teve o maior número diário de mortes, com 2.612, mas os Estados Unidos estão há mais de 1 mês com uma contagem diária acima das 1.000. A maior parte das vítimas, mais de 25 mil, se concentra na cidade de Nova York que viu um colapso no seu sistema de saúde e funerário.
O presidente Donald Trump mudou seu discurso diversas vezes durante a epidemia e chegou a dizer que iria pôr fim às medidas de isolamento nos EUA antes da Páscoa. Ele voltou atrás e garantiu que não acabaria com as medidas “de forma precipitada”. O país tem hoje mais de xxxxx milhão de casos confirmados da doença.
Subnotificação e governança
O professor da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, Domingos Alves, disse ao G1 que, no Brasil, a subnotificação dificulta o acompanhamento da epidemia e o desenvolvimento de políticas de combate e proteção.
“O governo tem que começar a liberar dados mais fidedignos, mais estruturados para que se possa fazer o acompanhamento da epidemia” – Domingos Alves, professor da FMRP.
Ele ainda estima que as mortes no país já estejam em mais de 10 mil.
Para o ex-diretor do Instituto Adolfo Lutz e epidemiologista da Faculdade de Saúde Pública da USP, Eliseu Waldman, os altos índices dos EUA são inesperados mas que acompanham, segundo ele, uma má-governança do país.
“Não se esperava inicialmente que a pandemia alcançasse os resultados nas dimensões que tem alcançado nos EUA” – Eliseu Waldman, epidemiologista.
Ele justifica a surpresa porque, ao ser uma das maiores economias do mundo, e ter um sistema de vigilância em saúde bastante efetivo, o esperado era que a resposta dos EUA fosse eficaz. Mas o pesquisador ressalta que um dos pontos fracos do país é seu sistema de saúde não universal.
Waldman também destacou que a Bélgica, um país pequeno e com boa estrutura de saúde, se arriscou a princípio ao não tomar medidas mais fortes de controle e isolamento. Para ele, esse também é um dos motivos que colocou o país entre os mais afetados em toda a Europa.