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AUMENTO DE SALÁRIOS

Após sessão super extraordinária Executivo Estadual retira pauta polêmica

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Marcos Lopes

Com uma sessão super extraordinária, realizada neste último sábado (09), às 20 horas, para votar o polêmico projeto de lei que prevê aumento de quase 100% nos salários de chefes de autarquias e fundações do Executivo. Não foi tão produtivo para Assembleia Legislativa de Mato Grosso e a pauta foi retirada.

O projeto encaminhado pelo Governo gerou tanta polêmica e desentendimento no parlamento, que o pedido para retirar a pauta da votação partiu do próprio executivo.

O líder do governo, Dilmar Dal’Bosco (DEM), após entendimento com o governador Mauro Mendes (DEM), retirou o projeto, por enquanto, mas essa pauta bomba ainda deve ser analisado pelos deputados.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho , informou a retirada de pauta do Projeto de Lei Complementar 42/2020, a mensagem 50/2020, do governo do estado, que altera e acrescenta dispositivos da Lei Complementar nº 04, de 15 de outubro de 1990, da Lei Complementar nº 80, de 14 de dezembro de 2000, da Lei Complementar nº 111, de 01 de julho de 2002, da Lei Complementar nº 265, de 28 de dezembro de 2006, da Lei Complementar nº 266, de 29 de dezembro de 2006, da Lei nº 8.405, de 27 de dezembro de 2005.

O PLC tratava de vários assuntos relacionados ao servidor público do estado. ”Quero esclarecer que essa negociação foi conduzida por mim e pelo Dilmar [Dal Bosco]. Quero agradecer o secretário-chefe da Casa Civil que teve sensibilidade e o governador Mauro Mendes que autorizou a retirada de votação da matéria”, afirmou.

Conforme Botelho, “todos entendem que a base poderia passar por cima e aprovar o projeto, poderia porque tem maioria aqui. Mas o intuito não é esse, aqui buscamos sempre o entendimento. Conversei com o secretário e o governador, eles disseram que se não havia entendimento que poderia retirar o projeto de pauta. Há que serem feitas essas correções, porém, em outro momento”, disse.

O deputado Wilson Santos (PSDB) viu pontos positivos na matéria. “Essa matéria foi retirada porque nós precisamos aprender uma lição. O PLC tinha muita coisa estruturante. A Sinfra, já na gestão anterior, não tinha como tocar um volume de obras do estado. Outro ponto importante, a questão dos funcionários em estágio probatório. Essa matéria precisa voltar, não os aumentos”, destacou.

O líder agradeceu aos deputados que, segundo ele, entraram num entendimento sobre a mensagem do governador. “Esse projeto valoriza 1.700 servidores, a diretora de escola, o profissional que assume um cargo comissionado, sendo efetivo, valoriza o efetivo e corrige distorções. Discutimos o dia todo e será construído um substitutivo. Agradeço a quem ajudou a construir o entendimento e não fez crítica apenas por criticar”, disse.

O deputado Ulysses Moraes (DC) vê a retirada do projeto de votação como uma vitória do cidadão. “Essa vitória não é de nenhum deputado, é do cidadão mato-grossense que cobrou uma postura, fez pressão. Foram as vozes das ruas que foram ouvidas aqui. Esse projeto é insensível e veio num momento totalmente errado. Não há mérito de governador ou de deputado neste caso”, afirmou.

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