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ARROZ

Além de preço recorde, produtividade fica acima do esperado

Claudio Fachel/Palácio Piratini

SÃO BORJA-RS, BRASIL, 18.02.11: Edair Marchezam produtor de arroz em São Borja/RS. Foto Claudio Fachel/Palácio Piratini

A colheita do arroz no Rio Grande do Sul está se aproximando do final com a perspectiva de atingir uma boa produtividade.

Quase toda a área plantada com o cereal já foi colhida e a produtividade média a ser registrada noestado deve ficar próxima dos 8 mil quilos por hectare, quantidade superior à prevista inicialmente pelo setor.

De acordo com o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, o período reprodutivo da planta que ocorreu nos meses de janeiro e fevereiro foi excepcional.

Ele lembra que houve uma incidência muito grande de luz solar na época, até em função da estiagem registrada.

“Corajosamente a Federarroz vem dizendo para o produtor plantar em áreas realmente muito produtivas e ter, na medida do possível, uma rotação de culturas para que consiga aumentar a sua  produtividade e obter uma diminuição de custos”, destaca.

Velho salienta também que houve uma reação do mercado em plena colheita do arroz, principalmente devido ao ajuste na área plantada e ao câmbio alto que se manteve em patamares acima de R$ 5, trazendo uma paridade mais elevada em relação ao Mercosul.

O indicador do arroz em casca Esalq/ Senar, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) atingiu no fechamento desta terça-feira, 12, o maior valor da história, a R$ 59,63 por saca de 50 quilos.

“Devido à baixa rentabilidade do setor, os produtores vêm diminuindo a área semeada no Brasil ano a ano”, afirma, colocando, ainda, que a pandemia causada pelo Coronavírus acabou precipitando uma alteração de patamar, já prevista pela Federarroz em outubro do ano passado.

“Esta reação se deve especialmente a uma conjuntura internacional, quando países tradicionalmente exportadores, como China e Índia, seguraram as suas exportações visando garantir a segurança alimentar da sua população”, observa.

O presidente da Federarroz destaca ainda a mudança de postura do consumidor em função da quarentena.

“As pessoas acabaram comprando uma quantidade muito maior de produtos não perecíveis, onde o arroz se inclui, promovendo assim uma demanda muito forte em plena colheita. Com isso, o varejo também se viu obrigado a fazer uma reposição bem maior no período”, conclui.

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