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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

‘Não foi a primeira vez’ diz advogada agredida pelo marido presidente da OAB

DA REDAÇÃO/MATO GROSSO MAIS
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A advogada Luciana Póvoas, esposa do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT), Leonardo Campos, denunciou a agressão sofrida por ela na madrugada desta quinta-feira (28) em uma delegacia da capital.

Porém a agressão praticada na madrugada de hoje, foi a ”menos grave”, segundo ela a violência doméstica era praticada pelo advogado há muito tempo e que muita gente sabia.

Em entrevista a um portal, ainda abalada Luciana deu detalhes de seu sofrimento, revelando que agora não possui forças pois está muita abalada com isso.

“Não foi a primeira vez. Desta vez, aliás, foi o fato menos grave que aconteceu. Foi só um empurrão e um tapa nas costas, que ainda não causa mal a ninguém, né, do ponto de vista físico, mas o emocional deixa marcas profundas. Eu, honestamente, não tenho força, não tenho força, eu tento me esforçar, mas eu não consigo”.

Ainda segundo ela, pessoas próximas a ela sempre souberam das agressões, mas nunca a ajudaram por estarem comprometidas com cargos e indicações do agressor, que é presidente da OAB-MT.

“Várias mulheres já sabiam disso, várias. Nenhuma tomou nenhuma atitude, porque todas são cargos indicados na OAB do presidente. E eu fiquei pensando: ‘quanta mediocridade’. As pessoas se vendem por tão pouco. Ao invés de prestar apoio a quem estava pedindo socorro, que é o meu caso”, lamentou.

Luciana explicou que não denunciava o marido antes para preservar a imagem dele, do escritório de advocacia e do filho que os dois tem, de apenas 17 anos.

“Eu me sinto um lixo, eu me sinto culpada por ter aturado isso tanto tempo. Tentando preservar a imagem dele, o nosso escritório, a nossa vida profissional. É tudo muito difícil, tudo muito complicado. Estou tentando ser firme. Estou tentando ser forte, mas o mais difícil pra mim, tem sido ver o meu filho devastado, por ter presenciado tudo que aconteceu”.

Luciana agora diz que cuidará de seu filho, e seguira a vida.

“Vida que segue, agora é cuidar do meu filho, eu fico pra segundo plano e é isso aí”.

Denuncie:

Não seja cúmplice. Basta ligar para o número 180 e evitar que outras mulheres passem pelo que Luciana Póvoas passou: a indiferença de quem podia ajudar. Violência doméstica é crime, DENUNCIE.

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