https://matogrossomais.com.br/wp-content/uploads/2020/05/Paulo-Guedes-04-640x427-1.jpg

EFEITO CORONAVÍRUS

Esforço na área do crédito ainda é insatisfatório, diz Paulo Guedes

Anderson Riedel/ Presidência da República

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu que ainda há problemas nas iniciativas do governo federal para aumentar a oferta de crédito às pessoas e empresas atingidas financeiramente pela pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19.

Ele ponderou, no entanto, que a demanda por crédito aumentou muito nos últimos meses.

“Há dimensões em que nosso esforço ainda não está satisfatório. Na dimensão do crédito, dinheiro ainda não chegou na ponta para muita gente”, disse ele durante uma videoconferência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ele disse ainda que o capital de giro das empresas brasileiras desapareceu porque a economia travou. “Quando todas as empresas têm queda no faturamento, porque Brasil desacelerou fortemente, é natural que falte capital de giro.

Da mesma forma que a pandemia, por mais que a gente faça, deixará vítimas. A taxa de mortalidade das empresas também subiu”, acrescentou.

“Travamos a economia, protegemos a saúde, o que é completamente meritório, compreensível, desejável. A vida em primeiro lugar, é o valor maior. Quando fazemos isso travamos a economia parcialmente, falta o capital de giro, mesmo que expanda o crédito. A demanda por crédito aumentou muito mais do que a oferta de crédito”, afirmou.

Recuperação da economia

Guedes disse ainda que prefere trabalhar com a hipótese de recuperação rápida do Produto Interno Bruto (PIB) – a chamada recuperação em “V” -, mas disse que isso dependerá do comportamento das pessoas e do governo durante a crise.

“Eu digo que nós caímos rápido e a volta depende de nós mesmos. Eu falo em ‘V’, porque os sinais vitais da economia brasileira estão mantidos, mas evidentemente, dependendo de nossa reação, pode ser um ‘U’ ou pode ser até um ‘L’, de cair e virar depressão. Só depende de nós. Só depende de nós. Pela terceira vez: só depende de nós”.

Ele disse que a recuperação em “V” pode vir de formas distintas – um “V meio torto”, ou que represente uma queda rápida e uma recuperação mais devagar -, mas atrelou este tipo de recuperação a um cenário de estabilidade financeira e política que seja capaz de permitir a recuperação tanto da saúde da população quando da economia.

Veja Mais

Deixe seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *