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EX-MINISTRO

Imunização ‘natural’ pode ser ‘às custas de muitas mortes’, diz Teich

EFE/ Joédson Alves

O ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou que o Brasil está “muito distante” de alcançar um nível de imunidade capaz de controlar os casos de covid-19.

De acordo com o médico, que pediu demissão menos de um mês após assumir o comando da pasta, se uma vacina eficaz não for descoberta e, então, isso acontecer naturalmente poderá resultar em número elevado de óbitos.

“Os números projetados por pesquisadores para que a sociedade adquira imunidade ao novo coronavírus, aponta que o percentual da população infectada seja acima de 60%. Estamos muito distantes desse número e isso significa que, ou essa imunidade não vai acontecer naturalmente, ou se acontecer vai ser às custas de muitas mortes”, escreveu nas redes sociais, no domingo (31).

Para o oncologista, o desenvolvimento de um medicamento com poucos efeitos colaterais seria “uma excelente solução”, no entanto, o mundo ainda não teria encontrado “nada com esse perfil até o momento”.

Por isso, ele considera a descoberta de uma vacina o “melhor cenário” possível para minimizar os efeitos da crise sanitária e, assim, garantir o controle da doença respiratória no país, que já matou oficialmente 29.314 pessoas e deixou 514.849 infectados.

Teich defendeu a participação do Brasil em estudos clínicos de possíveis vacinas que estão em andamento em diversos países do mundo. Segundo o ex-ministro, isso aumentaria as possibilidades de os brasileiros terem acesso quando uma delas for liberada.

“Essa participação em estudos também abre oportunidade para criação de projetos voltados para produção da vacina no Brasil, tanto para uso doméstico quanto exportação para outros países”, completou.

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