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APÓS COBRANÇAS

Neymar se pronuncia após receber críticas: “Vidas negras importam”

Reuters

Neymar Jr. resolveu se pronunciar nesta terça-feira (2) sobre os movimentos antirracistas que aconteceram no final de semana nos Estados Unidos e também no Brasil.

O jogador já havia sido cobrado por Felipe Neto no Twitter — que, depois, se arrependeu e apagou o post, dizendo que “um branco não deve cobrar de um negro sobre pautas racistas”.

Neymar entrou na campanha já aderida por muitos outros famosos, como sua ex-namorada, Bruna Marquezine, com a hashtag #blackouttuesday, em que consiste em publicar uma foto toda em preto, promovendo uma espécie de “apagão” nas redes sociais.

 “Vidas negras importam”, legendou o jogador.

CRÍTICA A NEYMAR

Na madrugada desta segunda-feira (1), Felipe Neto escreveu em sua rede social: “Vidas negras importam. Mas nem todo mundo se importa”, repostando uma série de imagens com os prints do Twitter de Neymar, que não se posicionou sobre a morte de George Floyd, em Minneapolis, nos Estados Unidos, além dos protestos contra o racismo. A cobrança acabou levando os nomes de Felipe Neto e Neymar aos assuntos mais comentados do Brasil, dividindo opiniões dos internautas.

Na web, influenciadores chegaram a repercutir. Um deles foi o músico do Ultraje a Rigor, Roger Moreira, que deu uma resposta atravessada, printando uma matéria do site do Estadão.

“Neymar questiona barulho de Felipe Neto: ‘Quem é esse bosta de Felipe Neto?'”, escreveu nas redes, provocando uma série de tweets contra o influenciador. Moreira é defensor dos protestos Bolsoanaristas.

Neto, por sua vez, apoia o movimento “O Seu Silêncio é Racismo”, que cobra posicionamento de pessoas públicas contra o racismo. Após a repercussão dos tweets, o empresário e influenciador chegou a falar mais uma vez sobre Neymar em uma conversa.

“Ainda não deu tempo de o departamento de marketing avisar as pessoas mais próximas do staff sobre o que tá acontecendo no mundo real. Aí até bater o post com assessoria de imprensa, com os patrocinadores, clube, CBF…”, escreveu Demétrio Vecchioli, com ironia.

“Quem dera. Lembra na época da Amazônia pegando fogo? Até os companheiros de PSG postaram, menos ele”, rebateu o influenciador em postagem também apagada.

ENTENDA OS PROTESTOS

Durante cinco dias consecutivos, desde a morte de George Floyd — que foi asfixiado por um policial branco ajoelhado em seu pescoço em Minneapolis, na segunda-feira (25) — uma onda de protestos antirracistas se espalhou por mais de 30 cidades nos Estados Unidos.

A morte do homem negro de 46 anos virou o novo símbolo da violência policial contra os cidadãos negros e levou milhares de pessoas às ruas, entre eles famosos como Beyoncé, Jamie Foxx, Emily Ratajkowski, Paris Jackson, Nick Cannon, Anna Kendrick, Ariana Grande, Halsey, Lauren Jaregui e John Cusack.

Com máscaras e cartazes, as celebridades protestavam com frases como “Parem de nos matar”, “Vidas negras importam”, “Paz, amor e justiça” e a mais recente e impactante de todas:

“Por favor, eu não consigo respirar”. Dita várias vezes por Floyd, enquanto ficou 9 minutos de bruços no chão, com o policial Derek Chauvin apoiando o joelho contra seu pescoço.

Jamie Foxx e Nick Cannon viajaram para Minneapolis, onde Floyd foi morto, para se unirem às manifestações com líderes comunitários e ativistas sociais. “Não estamos com medo de nos levantarmos.

Não estamos com medo deste momento”, disse durante uma entrevista coletiva na Prefeitura de Minneapolis. “Eu não sou uma celebridade, eu sou de Terrell, no Texas. Estes são meus irmãos. Isso significa tudo, porque no final do dia, quando nós vemos vocês nas linhas de frente, queremos que vocês saibam que têm apoio”, disse Foxx.

A polícia americana usou de violência para conter o povo. A cantora Halsey, em suas redes sociais, denunciou algumas dessas agressões e disse que foi atingida por disparos. “Estávamos pacificamente com as mãos para o alto sem nos movermos e os policias abriram fogo, com armas de balas de borracha e gás lacrimogênio várias vezes contra os cidadãos de Nova York.

Não estávamos provocando eles”, escreveu. “A maioria de nós apenas está pedindo que tenham empatia, que reconsiderem a humanidade e a história e o futuro da nossa nação”, continuou.

Neymar faz post (Foto: Reprodução/Instagram)

Neymar faz post (Foto: Reprodução/Instagram)

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