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POLÊMICA

Secretário rebate Bolsonaro e avisa: quem invadir hospitais de MT será preso

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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O secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, contestou a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que sugeriu aos seus apoiadores que ‘invadissem’ hospitais para filmar leitos. O secretário ressaltou que nem os familiares estão podendo visitar seus entes, muito menos quem ousar ”invadir” os leitos serão presos.

“É altamente reprovável, não concordo nem em um momento que não tenha pandemia. Quando mais neste momento de pandemia, com uma infecção altamente contagiosa, estimulando as pessoas a entrarem nos hospitais. Isso não vai ocorrer em hospitais geridos pelo governo, quem quiser fazer isso e forçar fazer isso, será preso”, disse.

No momento da fala, Bolsonaro lembrava que muito dos óbitos ocorridos em consequência da Covid-19 também tinham outras comorbidades, isto é, doenças pré-existentes que os colocassem no grupo de risco. Segundo Bolsonaro, muitos gestores estão aproveitando a situação para “ter ganho político”.

“Tem um ganho político dos caras. Só pode ser isso. Aproveitando as pessoas que falecem para ter um ganho político”, disse. “[Se] tem hospital de campanha perto de você, hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente está fazendo isso e mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados ou não”, completou Bolsonaro.

No dia seguinte após a fala do presidente, um grupo de pessoas entrou em uma ala do Hospital Ronaldo Gazolla, no Rio de Janeiro, e depredou parte do hospital.

Segundo Gilberto, já existe uma lei que proíbe este tipo de ação e que isso é para a segurança da população e também dos profissionais de saúde. “É totalmente desproposital essa sugestão, que não vem ao encontro do pensamento de praticamente todos os secretários de Saúde do Brasil”, concluiu.

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