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RISCO DE CONTAMINAÇÃO

SES recomenda lockdown em três cidades de Mato Grosso

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Christiano Antonucci

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) recomenda que os municípios de Porto Espiridião, Alta Floresta e Querência decretem lockdown pois foram classificados com alto risco de disseminação da Covid-19, o coronavírus, e devem adotar o isolamento radical imediatamente.

A classificação de risco dos municípios mato-grossenses foi instituída por meio de decreto 522 do governador Mauro Mendes publicado na última sexta-feira (12).

Segundo os critérios da SES, os três municípios possuem as maiores taxas de crescimento da contaminação do coronavírus de Mato Grosso, na ordem de 377,78%, 142,86% e 166,13%, respectivamente.

As três cidades estão orientadas a adotarem medidas severas no combate à doença, por meio de lockdown, e outras 17 podem se preparar para ação semelhante em um futuro próximo – caso os índices continuem alarmantes.

Conforme a decisão do governador Mauro Mendes (DEM), a classificação leva em conta o número de casos ativos de Covid-19 no município, a taxa de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para o tratamento de pacientes com a doença na rede pública e a taxa de crescimento da contaminação (TCC), que é medida por meio da relação entre o número de pessoas infectadas no território no dia da divulgação do boletim com o acumulado dos sete dias anteriores.

Além da recomendação lockdown para Porto Espiridião (região Oeste), Alta Floresta (Nortão) e Querência (baixo Araguaia), outras 17 cidades estão orientadas a já se prepararem para adoção de medidas igualmente restritivas.

Dentre os municípios com mais de 40 casos ativos que estão orientados a se prepararem para medidas mais severas estão: Nova Mutum (98,55%); Campo Verde (65,43%); Rondonópolis (64,38%); Sinop (58,42%) e Sorriso (54,35%).

Já as cidades que também estão orientadas para adotarem um lockdown futuro mesmo com menos de 40 casos ativos são: Alto Garças (600%); Diamantino (350%); Feliz Natal (350%); Campinápolis (300%); Nova Maringá (300%); Poconé (275%); Poxoréo (250%); Colíder (137,50%); Guiratinga (133,33%); Ribeirão Cascalheira (133,33%); Nobres (125%) e Campo Novo do Parecis (103,33%).

Várzea Grande e Cuiabá apresentam risco moderado de contágio, com 361 e 1.391 casos ativos de Covid-19, respectivamente. Nas duas cidades, as taxas de contaminação são de 49,05% e 45,99%. Apesar de serem líderes em registros de casos de infectados no estado, ambos os municípios apresentam outros fatores que, quando somados, resultam em uma melhor posição no ranking das classificações e dispensam temporariamente a necessidade de ações mais restritivas – conforme dados do levantamento.

A intenção é que, com o monitoramento, as gestões municipais adotem as medidas recomendadas pelo Estado, que foram elaboradas com a realidade de cada município, mediante a classificação de risco.

“A realidade é diferente e por isso devemos tomar medidas diferentes. Por isso é que vamos monitorar município a município, vai ter a classificação de risco dos 141 municípios e quais são as medidas recomendadas. Quem deve tomar estas medidas são os prefeitos. Se ele não tomar, com certeza o governo vai tomar”, explicou o governador.

Reiterando a fala do governado, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, confirmou na manhã desta terça-feira (16) que todas as medidas recomendadas no decreto estão sob responsabilidade das prefeituras para serem adotadas ou descartadas.

“O governo do estado não está obrigando e nem tem poder para isto. O governo poderia adotar uma medida linear no estado todo, mas não seria conveniente adotar medidas iguais para casos diferentes. Municípios que sequer têm um caso de Covid-19, como vamos editar uma regra similar para todo o estado de Mato Grosso”, disse Figueiredo. “Quem é a autoridade para promover ações em cada um destes municípios são os prefeitos”, finalizou.

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