Em uma entrevista a Rádio Jovem Pan Cuiabá, o secretário estadual de saúde, Gilberto Figueiredo, confirmou que até mesmo os hospitais privados de Mato Grosso, não estão mais suportando a grande demanda de pacientes testados positivos para a COVID-19 e pessoas com planos de saúde têm recorrido a unidades públicas.

“Já não existe leitos na rede privada. Estamos recebendo demanda da rede privada por leitos do SUS, para atender pessoas que têm plano de saúde privado”, disse Gilberto, em entrevista, na manhã de quarta-feira (17).

“Então, o colapso é geral. Nem o mais abastado que tem dinheiro, que tem plano de saúde, vai ser atendido. Daqui a pouco poderão precisar de leitos de UTI e não vai ter à disposição”, emendou.

O secretário contou que, historicamente, Mato Grosso nunca teve UTI’s suficientes para outras enfermidades. E mesmo com a abertura de novos leitos, neste momento, talvez ainda seja insuficiente para atender todos os pacientes.

Segundo ele, o Governo está correndo para criar mais de 100 leitos no Estado, o que não é fácil em razão, da falta de equipamentos no mercado e de profissionais.

“Vejo pessoas lotando os parques. Ora, pelo amor de Deus, não pode ser considerado nesse momento uma prioridade as pessoas irem fazer caminhada em grupo, reunir para assistir live, ter uma família inteira no supermercado ao mesmo tempo. Qual a necessidade?”, questionou.

O secretário finalizou dizendo que a população precisa entender que as medidas de flexibilização nas atividades comerciais exigem responsabilidade.

E afirmou que, se as pessoas continuaram com comportamento considerados inadequados, caberão aos gestores municipais a adoção de “medidas mais enérgicas de repressão”.

“A População precisa entender que a flexibilização, essa irresponsabilidade que muitos estão fazendo, não todos, mas uma parcela significativa não esta contribuindo. Caso contrário, não vamos conseguir segurar essa infecção. Na vai ter leito, nem profissional de saúde, se coisas continuarem como estão”, completou.