https://matogrossomais.com.br/wp-content/uploads/2020/06/WhatsApp-Image-2020-05-06-at-09.05.13.jpg

CORONAVÍRUS

MT avaliza lockdown em Cuiabá e VG e descarta testagem em massa

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
[email protected]

Christiano Antonucci / Secom - MT

O secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, disse em live via Facebook na manhã desta sexta-feira (19), que ainda não há como o Estado realizar testagem em massa da população, porque não encontra meios de adquirir testes em quantidade suficiente para atender a demanda. E para o secretário já é hora de decretar lockdown em alguns municípios de Mato Grosso.

“É muito difícil fazer isso (testagem) através de RTPCR, o melhor para diagnóstico. Mas, não existe capacidade técnica no país para fazer isso em volume substancial. Encontramos, inclusive, dificuldade para testar os casos suspeitos e até mesmo de que já tem sintomas graves aparentes”, disse Gilberto.

Isso foi agravado pela rescisão de contrato de locação de equipamentos de análise técnica dos testes por parte do Ministério da Saúde já no segundo mês da pandemia em Mato Grosso. Antes, a capacidade era de 1.500 testes/dia e caiu para 400.

“Os equipamentos para isso eram todos alugados pelo Ministério. Com a rescisão do contrato, a empresa bloqueou esses equipamentos que ampliaram nossa capacidade. Estamos em parceria com a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) para viabilizar o aumento da nossa capacidade”, continuou o secretário.

O Estado começou a produzir notas recomendatórias por causa do aumento dos casos de covid-19, e sugere  isolamento com classificação de risco. “Por isso, prescrevemos medidas de isolamento social mais rígidas nos municípios, que não precisam esperar o Estado para adotar, por exemplo, barreiras sanitárias aonde ainda não tem nenhum caso”, falou Figueiredo.

Com a situação cada vez mais difícil na tentativa de parar o avanço da pandemia, Figueiredo considerou o pedido do MPE (Ministério Público Estadual) por um lockdown nas cidades que apresentaram aumento exponencial de casos e redução de leitos como acertada.

“O Ministério Público atua em defesa do interesse da população. É lícito que faça essa intervenção e eu gostaria que o lockdown acontecesse. Na verdade, sou a favor disso faz tempo. Vejo com bons olhos. Fechar tudo é uma medida que poderia barrar o crescimento de casos em Mato Grosso. Principalmente agora que os leitos estão quase lotados”, considerou.

Figueiredo, entretanto, afirmou que o MPE criticou parte das medidas de restrição das atividades adotado em março pelo Governo do Estado. Segundo ele, por isso as medidas adotadas pelo Estado são orientativas e não impositivas.

Ele anunciou uma reunião no Palácio Paiaguás com a equipe técnica e o governador Mauro Mendes (DEM) para avaliar o aumento dos casos e do pedido do MPE pelo trancamento total, feito pelos promotores de Justiça, Alexandre de Matos Guedes e Audrey Ility. Os dois são os responsáveis pela ação civil pública com pedido de tutela de urgência em trâmite na Primeira Vara da Fazenda Pública de Várzea Grande para obrigar à decretação do lockdown lá e em Cuiabá.

Veja Mais

Deixe seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *