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PREVISÃO ESTENDIDA

Veja como será o inverno nas principais áreas produtoras de trigo

O plantio do trigo no norte do Paraná caminha para sua finalização, que deve acontecer ainda este mês. Já no sul do estado, a semeadura ainda deve começar.

Houve atraso nas operações devido à estiagem, mas com as últimas chuvas registradas, a semeadura deve avançar.

De modo geral, a área plantada deve crescer 6,5% em relação à safra anterior, totalizando 1,09 milhão de hectares, segundo o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

No Rio Grande do Sul, as chuvas registradas em maio restabeleceram a umidade do solo, que estava muito baixa devido à seca. Com isso, foi possível iniciar o plantio, principalmente no oeste do estado. Cerca de 8% do trigo foi semeado, com destaque para a Região das Missões.

Nas demais área, a semeadura não começou ou está começando e deve se intensificar durante este mês. A expectativa atual é de acréscimo de 10% na área plantada em comparação ao ano passado, chegando a 809,5 mil hectares semeados.

Em São Paulo, a expectativa inicial é de incremento de 4,6% na área plantada com a cultura. São esperados cerca de 81 mil hectares semeados nesta temporada.

As lavouras ainda estão em fase inicial de desenvolvimento, sendo que existe uma expectativa de que 20% dessa área estimada seja cultivada neste mês, segundo a Conab.

Em Minas Gerais, as lavouras de sequeiro já foram semeadas e estão em fase de desenvolvimento vegetativo, migrando para o início da frutificação.

Já as áreas destinadas ao cultivo irrigado tiveram uma semeadura mais tardia, porém já finalizaram seu plantio. Ao todo, foram aproximadamente 83,3 mil hectares destinados à triticultura nesta safra.

Em Mato Grosso do Sul, houve aumento do ritmo de plantio e há uma perspectiva de incremento na área plantada, que deve sair de 27,2 mil hectares no ano passado para 32 mil hectares semeados nesta temporada.

Atualmente, as lavouras implantadas estão 15% em fase de emergência, 75% em desenvolvimento vegetativo e 10% iniciando a fase reprodutiva.

Em Goiás, a área plantada no estado apresentou diminuição em comparação à temporada anterior, saindo de 32,4 mil hectares em 2019 para 23,1 mil hectares nesta safra.

As lavouras de sequeiro, plantadas mais cedo, estão em fase de perfilhamento, enquanto que as áreas destinadas à triticultura irrigada estão em fases mais precoces, como emergência e desenvolvimento vegetativo.

O clima deste inverno

A expectativa para o inverno é de chuva abaixo da média em grande parte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, parte de Minas Gerais e todo o Centro-Oeste do país.

No oeste do Rio Grande do Sul, na faixa litorânea do estado, de Santa Catarina e do Paraná, norte fluminense, Espírito Santo e no norte e leste de Minas Gerais, as chuvas devem ficar dentro da média.

Quanto às temperaturas, devem ficar acima da média em grande parte do país, com exceção do litoral de Santa Catarina e do Paraná, norte de Minas Gerais, nordeste de Goiás, Tocantins e grande parte do Nordeste do país, onde devem ficar próximo à climatologia.

Previsão do tempo

O mês de julho deve ter acumulados acima da média na faixa leste que se estende desde a Região Metropolitana de Porto Alegre até o litoral de Santa Catarina, mais concentrados na primeira semana do mês e na terceira semana de julho.

As frentes frias que devem passar pela América do Sul ficam mais represadas no Uruguai devido aos bloqueios atmosféricos, e, quando avançam, devem influenciar mais as áreas costeiras da região Sul do Brasil.

Acumulados acima da média também são esperados no Espírito Santo e no leste e norte de Minas Gerais.

No restante do Rio Grande do Sul, restante de Santa Catarina, leste paulista, Rio de Janeiro e parte de Minas Gerais, as chuvas ficam próximo à média no mês de julho.

Já em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, oeste e sul mineiro, restante de São Paulo e grande parte do Paraná, são esperadas chuvas abaixo da média.

Quanto às temperaturas, o frio intensifica-se novamente em julho e são esperadas anomalias negativas de temperatura no norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e grande parte do Sudeste e do Centro-Oeste. Já no sul do Rio Grande do Sul, as temperaturas devem ficar acima da média histórica.

São esperadas pelo menos três ondas de frio no Centro-Sul do país, uma já nos primeiros dias do mês (que deve ser mais intensa), outra no início da segunda quinzena e outra no início da terceira semana de julho.

Agosto não será tão frio

A expectativa para agosto é de que essa situação mude um pouco. As chuvas devem ficar acima da média na faixa leste do Rio Grande do Sul, faixa leste de Santa Catarina, no norte do Espírito Santo, nordeste de Minas Gerais e na faixa que se estende desde o sul da Bahia até o Ceará.

Já no interior do Rio Grande do Sul, interior de Santa Catarina, grande parte do Paraná, grande parte de São Paulo, sul de Minas Gerais, todo o Centro-Oeste, oeste da Bahia, Maranhão e Piauí, os modelos apontam chuvas abaixo da média histórica.

Pelo menos uma frente fria intensa é esperada no mês, no início da segunda quinzena.

Com respeito às temperaturas, os modelos já não apontam mais para ondas de frio tão intensas em agosto. No Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e região do Pantanal Mato-grossense, as temperaturas, tanto mínimas quanto máximas, devem ficar acima da climatologia.

Já no interior fluminense, em Minas Gerais, Goiás, parte do Mato Grosso, Bahia, Alagoas, Pernambuco e Paraíba, as tardes devem ser mais frias que o normal durante o mês de agosto.

Pelo menos uma onda de frio mais intensa é esperada em agosto no Centro-Sul do país, na metade da segunda quinzena do mês.

Setembro vai apresentar onda de frio tardia para o trigo

A tendência para setembro é de que as secas aumentem no Centro-Sul do país à medida que o Pacífico se esfria ainda mais, com anomalias negativas de precipitação em praticamente toda a região Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, assim como no interior do Nordeste.

Já no sudoeste de Mato Grosso e na faixa litorânea que se estende desde a Bahia até o litoral do Maranhão, as anomalias de precipitação devem ficar acima da média.

Pelo menos duas frentes frias mais intensas são esperadas em setembro, uma já no início de setembro e outra no início da segunda quinzena do mês.

Quanto às temperaturas, tanto as mínimas quanto as máximas devem ficar acima do normal no norte gaúcho, oeste do Paraná e todo o Sudeste e Nordeste do país.

No restante do Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no restante do Paraná, valores próximos à climatologia são esperados.

As ondas de frio mais intensas do mês são esperadas no início da segunda semana de setembro e início da segunda quinzena.

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