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DE SAÍDA

Após revelação de falsidades no currículo, Decotelli pede demissão

METRÓPOLES /THAINNA SCHUQUEL/RAFAEL VELEDA
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Poucos dias depois de ter sido escolhido como o novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli entregou a sua carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A informação foi confirmada por auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A Secretaria de Comunicação (Secom) do Planalto, porém, ainda não se manifestou.

O agora ex-ministro chegou no Palácio do Planalto no início da tarde desta terça-feira (30/06). A expectativa era justamente de que, diante da repercussão negativa pelas informações falsas contidas em seu currículo, ele pedisse demissão do cargo.

Segundo pessoas próximas a ele, antes de ir ao encontro com o presidente, o professor já teria redigido uma carta pedindo a sua saída do governo.

Decotelli entrou no lugar de Abraham Weintraub, que foi exonerado da pasta após chamar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de “vagabundos”.

Antonio Paulo Vogel, secretário-executivo do MEC, também foi chamado ao Planalto. Ele entrou no elevador que leva ao gabinete da Presidência sem dar detalhes da pauta do encontro com Jair Bolsonaro (sem partido). Disse apenas que teria uma reunião.

A revelação de uma série de incorreções nas informações prestadas por Dacotelli sobre a sua formação deflagrou uma crise dentro do Palácio do Planalto e o governo decidiu adiar a posse do ministro e fazer um pente-fino em sua carreira.

Após ter o seu doutorado e o seu pós-doutorado desmentidos entre sexta-feira (26/06) e segunda (29/06), nesta terça, foi a vez foi de a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informar que, diferentemente do que constava em seu currículo, Carlos Alberto Decotelli não foi pesquisador ou professor da instituição.

Decotelli é próximo do filho do presidente Eduardo Bolsonaro e também do secretário de Alfabetização, Carlos Nadalim, que chegou a ser cotado para a pasta.

Na semana passada, o nome de Renato Feder, secretário de Educação do Paraná, ganhou força, mas ele acabou não sendo escolhido pelo presidente. Ele é um dos cotados para a substituição.

O Metrópoles revelou, no entanto, que Feder foi denunciado por uma fraude milionária com governos estaduais quando era administrador de uma empresa.

Os militares do governo apoiam o nome do educador Antônio Freitas, que também estava entre os avaliados antes da nomeação de Decotelli, e de Antônio Testa, que chegou a fazer parte do MEC e foi demitido pelo ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez.

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