https://matogrossomais.com.br/wp-content/uploads/2020/07/unnamed5.jpg

TÓQUIO 2021

Brasil é o mais atrasado entre as 15 principais potências esportivas

Rafael Bello/COB

O Brasil entrou, no último ciclo olímpico, no grupo das 15 principais potências esportivas.

Mas, a presença da nação neste seleto time pode estar com os dias contados, e isso tem muito a ver com a forma com que o país está lidando (e sofrendo) com a pandemia do novo coronavírus.

Na reta final do estranho ciclo olímpico, composto por cinco anos pela primeira vez na história, o Comitê Olímpico do Brasil (COB), arquitetou um projeto interessante, que seria o de levar mais de 200 atletas do país para treinar na Europa durante a pandemia. Com a maioria dos centros de treinamentos fechados aqui no Brasil, a única e melhor solução seria o treino no exterior.

Mas o número de casos de coronavírus no Brasil, que ainda não parece ter chegado ao esperado pico, fez com que a Europa fechasse a fronteira, mantendo o veto para a entrada dos brasileiros por tempo indeterminado. Ou seja, o projeto do COB está adiado até o país conseguir conter a pandemia. E esse é o perigo.

Centro de Treinamento de Rio Maior, em Portugal — Foto: Divulgação

Atualmente, o grupo das 15 potências olímpicas é formado por EUA, Rússia, China e Grã Bretanha (super-potências), Alemanha, França, Japão e Austrália (potências), Hungria, Holanda, Itália e Coreia (brigam pelo top 10), e Brasil, Canadá e Nova Zelândia.

Cada país lidou de um jeito com a pandemia e com o treinamento de seus principais atletas. Entre erros e acertos, fechamentos e aberturas, a grande maioria dos principais atletas do mundo já está de volta aos treinos (com todos os protocolos sanitários), o que não aconteceu ainda no Brasil.

Austrália e Nova Zelândia tiveram uma política contra a pandemia muito eficaz, e os atletas praticamente não pararam de treinar.

Japão, o centro de treinamento principal do país já foi reaberto há um mês, enquanto na China, a principal tática adotada foi o isolamento de equipes completas, e os atletas praticamente não pararam de treinar.

A Coreia do Sul “esconde” um pouco o jogo, não tem informado tanto como estão seus atletas, mas as poucas informações que chegam é que todos os principais nomes já estão de volta há algumas semanas.

Na Alemanha, os atletas olímpicos já voltaram aos treinos na maioria das modalidades, o mesmo acontecendo com a França, Itália e Canadá.

A Holanda tratou a pandemia de uma forma um pouco diferente, e a maioria das modalidades sequer teve o centro de treinamento fechado.

A Grã Bretanha, terceiro país em número de mortes no mundo, já está de volta em quase todas as modalidades, algumas delas sequer parou.

A Hungria, que em números totais não sofreu tanto com o novo coronavírus (total de 585 mortes, quatro nesta terça-feira), está com a maioria dos centros reabertos, até com competições internas acontecendo.

A Rússia, com quase dez mil mortes, ficou fechada um bom tempo na maioria das modalidades, mas já começou a abrir os locais de treinamento, principalmente nas últimas duas semanas.

Os Estados Unidos são um caso a parte, pois cada estado está em uma fase de reabertura. Mas muitas seleções não pararam de treinar, enquanto alguns campeões olímpicos estão com dificuldades até agora. É o país com o maior número de casos e de mortes no mundo inteiro, muitos locais estão fechados, mas uma parte já está reaberta, com uma obrigação protocolar muito grande.

Faltam menos de 400 dias para a abertura das Olimpíadas, a grande maioria dos atletas do mundo já está treinando, se não de forma normal, seguindo vários protocolos sanitários.

Os atletas do Brasil, em sua maioria, não estão conseguindo ir para pistas, piscinas, tatames e quadras. Os brasileiros estão saindo atrás, bem atrás, na corrida por Tóquio 2021.

Veja Mais

Deixe seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *