A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso envolvendo o “Homem Pateta”, perfil das redes sociais acusado de induzir crianças e adolescentes ao suicídio.
A ameaça se identifica como Jonatan Galindo nas redes sociais e usa fotos que remetem ao personagem Pateta, da Disney.
Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) apurou, preliminarmente, com informações repassadas pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), que o autor do perfil seria italiano e já teria sido preso naquele país.
As apurações ainda estão em fase inicial. As investigadores da DPCA deram os primeiros passos para confirmar a veracidade das notícias sobre a identidade e a prisão do suspeito de publicar nas redes sociais os primeiros textos sobre o Homem Pateta.
Os policiais brasilienses ainda não registraram qualquer ocorrência de casos locais envolvendo o personagem.
Ainda não há casos confirmados no Brasil, mas algumas contas vinculadas ao Homem Pateta já apresentam conteúdo em português (veja abaixo).
AMEAÇAS
Esta não é a primeira vez que o uso das redes sociais se torna uma ameaça a meninos e meninas, preocupando pais e responsáveis.
Em 2017, o desafio da baleia azul, surgido em uma rede social russa, viralizou entre jovens e foi associado a uma onda de suicídios entre crianças e adolescentes.
Não é só a Polícia Civil do DF que está com o Homem Pateta na mira. O Ministério Público Federal foi acionado para investigar o perfil.
O pedido partiu do vice-presidente da Câmara Legislativa do DF, Rodrigo Delmasso (Republicanos), que solicitou ainda a retirada do conteúdo da internet e multa de R$ 1 milhão ao responsável: o valor será revertido a instituições que cuidam de crianças e adolescentes abandonados.
Além disso, o Facebook Brasil está ciente do caso e tomando providências.
“Páginas falsas ou com conteúdos que incentivem a automutilação estão sujeitas à remoção. A rede social também disponibiliza o seu Portal para Mães e Pais, com dicas para o uso e segurança na internet”, declarou a empresa ao Metrópoles, por meio de nota.
Além de cruel, esse tipo de conduta é considerada é crime no Brasil. De acordo com Lei nº 13.968, aprovada no ano passado, induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação pode gerar uma pena de 6 meses a 6 anos de prisão.