DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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O colapso na saúde em Mato Grosso fez paciente, da rede privada, diagnosticado com Covid-19, ser transferido para Mato Grosso do Sul. Marcos da Silva Sousa e seu irmão, que é ajudante geral, vieram do Maranhão para trabalhar em uma fazenda aqui no Estado. Pouco dias depois, o irmão apresentou os sintomas da Covid-19.
Em Mato Grosso, o número diário de mortes registradas dobrou depois que as vagas acabaram, passando para mais de trinta por dia. Já são 896 mortes confirmadas pela doença.
O Estado está há mais de dez dias com UTI totalmente ocupadas nas redes pública e privada. A situação é tão crítica que pacientes estão sendo levados para outros estados.
Para o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Diego Xavier, as estruturas emergenciais de saúde de outros estados poderiam ser usadas para socorrer regiões que agora estão com um aumento de casos.
“Seria adequado numa estratégia a nível de governo federal, alguns hospitais que estão se desmobilizando, como é o caso de Manaus, São Paulo e no Nordeste, que esses recursos pudessem ser emprestados para os Estados do Sul e do Centro-Oeste, para está atendendo essa população”, afirma.
A previsão do governo do estado é ativar 94 leitos de UTI até o fim de julho. O secretário de saúde, Gilberto Figueiredo, informou que a demora é pela dificuldade de estruturar os leitos.
“A gente está com dificuldade de achar medicamento no mercado, profissional, equipamento. Hoje, por exemplo, eu estou em São Paulo para tentar recuperar respiradores que compramos em março de uma empresa daqui. Eles foram requisitados pela união, com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e agora a gente está tentando reaver. Esses 50 respiradores são fundamentais para essa ampliação de leitos”, afirma.
Ramão de Oliveira, de 56 anos, tem pressão alta e diabetes. A família diz que por causa da Covid-19, ele está com 60% do pulmão comprometido. Internado numa enfermaria básica de um hospital particular, ele precisa com urgência de uma vaga na UTI. A esposa de Romão, Fátima Pedroso da Silva Oliveira, desabafa sobre a precariedade na saúde pública. (Com informações da TVCA)