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O governador Mauro Mendes (DEM), em entrevista a José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes, classificou o momento como “delicado e muito angustiante”. O Mato Grosso enfrenta escassez de médicos e remédios para tratar pacientes com covid-19 e sofre com a pouca adesão do isolamento social pela população.
Com 97% dos leitos de UTI ocupados, o Estado vai abrir mais 50 vagas nos próximos dias, mas faltam profissionais de saúde. Com relação aos medicamentos, mesmo se empenhando pessoalmente, o governador esbarrou na resposta negativa dos laboratórios.
“A onda está hoje em Mato Grosso e no Sul do País, e estamos vivendo um momento delicado e angustiante, é muito ruim como gestor e cidadão fazer mais que o suficiente para dar conta de atender pessoas nos hospitais, fechamos com 97% dos leitos ontem, vamos abrir mais na próxima semana, estamos num movimento muito forte, e o problema agora está sendo profissionais de saúde”, disse o governador.
Mauro Mendes comprou 500 mil testes rápidos da China para distribuir entre as prefeituras do Mato Grosso. Segundo o ele, o pico da pandemia deve se manter durante as próximas duas semanas no Estado.
“Nós estamos trabalhando que a onda chegou há duas semanas e estamos estabilizando, num patamar alto de transmissão, a população está estressada e não quer fazer o isolamento, não obedece, não quer fazer, e tem muita gente resistindo. Vamos inaugurar mais UTIs, reduzir a taxa de ocupação, importar testes e equipamentos e distribuir para as prefeituras”, pontuou.
O governador evitou reclamar do governo federal durante a pandemia, mas disse que sente falta de uma liderança nacional que direcione o o combate de maneira unificada, e espera que diminua o estresse na saúde pública com a abertura de novos leitos e a cooperação da população.
“A gente não pode reclamar do governo federal, tem lá as confusões de Brasília, troca de ministros no meio da pandemia, e é um problema. Uma liderança nacional nesse momento para tomar decisões macros é o ideal”, disse.
Mato Grosso tem cerca de 25 mil casos confirmados de coronavíus e mais de 900 mortes.
Assista a entrevista: