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VISITA NO ARPOADOR

Elefante-marinho nada perto de banhista no mar do Rio

Um elefante-marinho foi visto nadando tranquilamente, na manhã desta segunda-feira (13), na Praia do Arpoador, na Zona Sul do Rio.

O animal passou muito perto da areia e circulou entre surfistas, alunos de escolas de surf e banhistas.

A cidade teve a tarde mais quente do inverno, com 34,9°C na Vila Militar, na Zona Oeste. De acordo com o ClimaTempo, a temperatura deve cair nesta terça-feira (14) com a chegada de uma frente fria.

A fotógrafa uruguaia Agnes Dietrich, de 31 anos, conseguiu fazer imagens do animal e enviou ao G1. Ela contou que o mamífero saiu da altura do Posto 8 de Ipanema e passou rapidamente pela praia.

“Eu já tinha visto em Punta Del Leste, mas aqui não. A galera ficou muito feliz de ver, eles correram para ver onde ele ia”, contou a fotógrafa.

Elefante-marinho nada entre sufistas, banhistas e alunos de escolas de surf no Arpoador — Foto: Agnes Dietrich/Arquivo pessoal

No mar com os alunos, o surfista e dono da escola Mandala Rio Surf School Gabriel Melo, de 26 anos, se espantou com o tamanho do animal.

“A gente estava no mar e de repente começou a passar. Todo mundo parou, ficou olhando e meio apreensivo, mas ele passou tranquilo pela beira, não passou pelo fundo. É um bicho grande, devia ter uns 3 metros. A galera toda ficou parada no fundo porque não queria se aproximar”, contou o surfista.

Vindos da Argentina ou Uruguai

O biólogo marinho da Fiocruz, Salvatore Siciliano, explicou que o elefante-marinho, de nome científico Mirounga leonina, ainda é jovem e deve ter menos de 2 anos. De acordo com o especialista, não é comum a aparição do animal nas praias.

“Não é comum, mas de certa forma esperado. São indivíduos vagantes, costuma acontecer”, disse.

O biólogo chefe do AquaRio disse que o animal veio da Patagônia e da região do Uruguai e Argentina.

“Uma certa época do ano eles saem para buscar comida e no inverno eles têm que fazer viagens mais longas. Às vezes os machos jovens inexperientes acabam se aventurando em águas um pouco mais distantes e acabam sendo pegos por correntezas, ventos ou até mesmo atrás de algum cardume e acabam chegando até o Brasil cansados”, explicou.

Ainda de acordo com o especialista, apesar da aparição rara, ela não é inédita. Os elefantes-marinhos aparecem mais na região na Sul, mas já houve registro do mamífero no Rio.

“A recomendação é entrar em contato com a autoridade responsável para fazer o acompanhamento do animal, para que nenhum curioso chegue muito perto e, caso necessário, entrar em contato com alguma instituição que possa fazer o resgate e reabilitação do animal.

Segundo ele, pode ser perigoso se aproximar do elefante-marinho.

“É imprescindível isolar e não deixar ninguém chegar perto porque eles podem ter um comportamento bem territorialista e agressivo e podem acabar ocasionando ferimentos graves”, recomendou.

A fotógrafa, Helena Barreto, de 43 anos, clicou o elefante-marinho.

“Eu já vi em zoológico, em aquário e em São Francisco [EUA]. Eu nunca imaginei que fosse chegar tão perto e ver esse bicho incrível. Foi muito incrível, muito próximo”, destacou a fotógrafa.

Fotógrafos registram elefante-marinho na Praia do Arpoador — Foto: Helena Barreto/Arquivo pessoal

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Um comentário em “Elefante-marinho nada perto de banhista no mar do Rio”

  1. parabéns pelo conteúdo do seu site, sou Ana Aparecida gostei muito deste artigo, tem muita qualidade vou acompanhar o seus artigos.

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