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NO ALPHAVILLE

Pai pensou que amiga da filha somente tivesse caído no banheiro

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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O empresário, Marcelo Cestari, pai da adolescente que matou acidentalmente uma amiga no domingo (12), no condomínio Alphaville, relatou em depoimento à Polícia Civil que não imaginou que o barulho vindo do quarto de sua filha fosse de tiro.

Cestari disse, também, que achou que a jovem tivesse se acidentado e caído no banheiro.

Segundo a Polícia Civil, o empresário depôs por cerca de duas horas ao delegado Olímpio da Cunha Fernandes Junior, na sede da DHPP (Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa), na noite de terça-feira (14).

De acordo com o depoimento, o pai da adolescente estava na área próxima à piscina comendo sobremesa do jantar com a porta fechada por conta do ar-condicionado, que estava ligado. Marcelo disse ter ouvido um barulho “abafado”, mas achou que seria uma porta de blindex batendo.

“O interrogado escutou um barulho, parecendo o fechamento de uma porta blindex, estando ele na área externa da casa com a porta fechada em virtude do ar-condicionado, acreditou tratar-se de um barulho mais ‘abafado, ‘choco’, comum, não identificando que seria barulho de disparo de arma”.

Instantes depois, ele disse que ouviu sua esposa gritando e, ao abrir a porta, escutou os gritos da filha, vindo do segundo andar da casa, chamando pelo nome da amiga já morta.

Quando chegou ao banheiro, o empresário encontrou a amiga da filha caída no chão com a cabeça inclinada para o lado.

Massagem cardíaca

O empresário disse que gritou para que acionassem o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e avisassem a mãe da vítima sobre o acidente.

Ao falar com a equipe do Samu, Cestari relatou que foi orientado a prestar os primeiros socorros.

Segundo o empresário, até aquele momento ainda não sabia que a garota havia levado um tiro, tendo em vista que não havia sangue e nem marca no corpo.

Durante conversas com os paramédicos, ainda no telefone, chegaram a questionar o empresário se a menina não havia sido atingida por um disparo de arma de fogo. Mas ele informou achar que ela havia apenas caído no banheiro.

Ainda segundo orientação do Samu, Marcelo Cestari revela que ainda tentou fazer massagem cardíaca para reanimar a garota.

Ao mover o corpo da menina, chegou a sentir um caroço na cabeça dela, mas acreditou ter sido provocado pela queda e prosseguiu com os primeiros socorros.

Em certo momento, começou a sair sangue da cabeça da vítima, no lugar onde ele tinha identificado a “bola”.

A família ainda acionou um médico, que é amigo da família. No local, examinou a garota e constatou o óbito.

Ele perguntou ao empresário quando ele tinha percebido que a adolescente havia sido atingida e Marcelo disse que foi quando o atendente do Samu o questionou sobre a possibilidade e ele passou a cogitar o disparo.

Somente depois que a equipe do Samu chegou à residência e confirmou o óbito que sua outra filha o teria informado sobre o disparo acidental da arma.

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