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PRODUÇÃO EIRELLI

Empresa de radialista Antero fatura quase meio milhão de reais do TCE

Divulgação

A Produtora – Produção de Áudio e Vídeo Eirelli, de propriedade do ex-senador e radialista Antero Paes de Barros, faturou quase R$ 500 mil com um contrato firmado junto ao Tribunal de Contas do Estado, tudo sob autorização do ainda presidente conselheiro Guilherme Maluf.

A empresa tem um histórico bastante curioso junto a Corte de Contas, sendo alvo de investigação. Em 2017, o promotor de Justiça, Clóvis de Almeida Júnior, do Ministério Público Estadual (MPE), instaurou um inquérito civil público, para investigar supostos atos de improbidade administrativa, com provável envolvimento do presidente afastado do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), Antônio Joaquim Neto.

Joaquim foi afastado do cargo, junto com outros quatro conselheiros do TCE, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, sob acusação de ter recebido suposta propina do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).

Na portaria 019/2017, o promotor pediu para investigar a contratação milionária da produtora do ex-senador Antero Paes de Barros, Produção de Áudio e Vídeo Eirelli LTDA.

Como se vê, a relação republicana persiste na Gestão Maluf. A reportagem do site Centro Oeste Popular tentou contato com o secretário de Comunicação do TCE, jornalista Raoni Ricci, porém, foi novamente informada que o profissional se encontra impedido de falar com as empresas do Grupo Milas de Comunicação, em uma postura de censura que vai de encontro ao órgão de controle, que deveria primar pela transparência em suas ações.

Respondendo a diversos processos de improbidade na Justiça, Guilherme Maluf ao que parece, levou alguns maus costumes dos tempos em que presidiu a Assembleia Legislativa, onde se acostumou receber mensalinho, conforme delação do ex-deputado José Geraldo Riva. Maluf teria recebido de forma indevida aproximadamente R$ 5,12 milhões.

Maluf ainda é citado na delação do ex-secretário de estado Permínio Pinto, que aponta o ex-deputado estadual e agora conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, no esquema de desvio de dinheiro da Secretaria Estado de Educação (Seduc).

A primeira vez que Permínio falou de Guilherme Maluf ao MPF, em sua colaboração premiada, foi quando falou sobre a nomeação de servidores públicos para cargos estratégicos. O objetivo, disse, era agilizar o desenvolvimento do esquema criminoso que visava a desviar recursos da Seduc para pagamento de dívidas de campanha do então recém-eleito governador Pedro Taques.

Permínio afirma que não precisou se preocupar com a “escolha” de quem faria parte do esquema – com exceção de Fábio Frigeri, que foi sua indicação por ser uma pessoa de confiança. Segundo ele, o empresário Alan Malouf (que também firmou acordo de colaboração premiada para entregar o esquema) teria dito que “o Guilherme ia mandar alguém”.

Guilherme Maluf é primo do empresário Alan Malouf. Foi por meio desse parentesco – segundo a delação de Permínio – que as articulações começaram. Por exemplo, foi Guilherme, diz o delator, quem indicou Wander Luiz dos Reis, na época servidor da ALMT, para o cargo de superintendente de Infraestrutura Escolar da Seduc.

Guilherme Maluf também foi citado nas delações do próprio primo, Alan Malouf, e do empresário Giovani Guizardi, firmadas no Ministério Público do Estado (MPE). O que o presidente da corte de contas não conta é com uma possível operação .

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