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LITORAL PAULISTA

Mulher resgata tartaruga e decide homenagear animal: ‘Vou tatuar’

Após resgatar uma tartaruga debilitada que encontrou na orla de Santos, no litoral de São Paulo, uma moradora decidiu eternizar o animal na própria pele.

Ao G1, nesta terça-feira (28), a cuidadora de idosos Érika dos Santos Draber, de 43 anos, conta que se emocionou ao fazer o resgate do animal com vida e que pretende fazer uma tatuagem da tartaruga.

De acordo com Erika, o resgate aconteceu enquanto caminhava com uma amiga pela orla da Praia do Embaré, no sábado (25). Ela percebeu um animal escuro boiando próximo às ondas.

“Na hora, pensei que fosse um cachorro e minha amiga até me falou para eu não ir, mas iria retirar da água independente do que fosse”.

Ao se aproximar, a cuidadora percebeu que, na verdade, tratava-se de uma tartaruga, com sinais de doença espalhados pelo corpo. “Ela estava bastante debilitada, tentando nadar em direção ao mar, mas não conseguia. Percebi que ela iria morrer se continuasse ali, então tirei ela da água”.

“As pessoas até falaram que eu não deveria pegar ela porque poderia contrair alguma doença, mas só pensei em salvar a tartaruga. Levei ela até o posto dos guarda-vidas, que chamaram a equipe do Gremar. Continuei minha caminhada e, quando voltei, ela já tinha sido levada”, conta Erika.

Ainda segundo a cuidadora, o encontro emocionante fez com que ela decidisse homenagear a tartaruga na própria pele. “Assim que tiver a oportunidade, vou tatuar a foto dela, ganhei meu dia depois de ajudar a tartaruga”.

“Ela iria morrer se continuasse ali, e as pessoas têm medo de mexer porque ninguém sabe o instinto do animal. Mas ela estava agonizando na água, então, não pensei duas vezes”, explica a moradora.

Cuidados

De acordo com o biólogo marinho Eric Comin, o animal resgatado é uma tartaruga-verde (Chelonia mydas), que apresenta fibropapilomatose na região das nadadeiras, uma doença caracterizada por múltiplos tumores na pele e que também podem afetar órgãos internos do animal.

“São tumores benignos, mas que podem atrapalhar a visão, a natação e a alimentação. Podem causar uma certa debilidade no animal. Estudos ligam esses tumores a um vírus que pode estar relacionado a ambientes muito poluídos”, explica o biólogo.

Comin aponta que, em caso de avistamentos, a recomendação é manter o animal na água e que os banhistas acionem os órgãos ambientais responsáveis pelo monitoramento de animais marinhos.

“É importante avisar que esses animais estão na praia, mas o principal é manter eles na água, até para evitar que eles se estressem, a não ser que o animal esteja muito ferido”.

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