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ESQUEMA DAS RACHADINHAS

Futuro do senador Flávio Bolsonaro está nas mãos de Jayme Campos

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. Ordem do dia. Mesa: vice-presidente do Senado Federal, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG); senador Jayme Campos (DEM-MT); presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). Foto: Beto Barata/Agência Senado

O senador Jayme Campos (DEM) tem nas mãos o futuro do também senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (SEM PARTIDO), pois cabe ao presidente do Conselho de Ética do Senado Federal, decidir se abre um processo disciplinar contra Flávio.

Um parecer solicitado por Campos foi entregue à Secretaria Geral da Casa, nessa quinta-feira (6), e pede o arquivamento do pedido de representação por quebra de decoro parlamentar. O Conselho de Ética, entretanto, não está em funcionamento devido a pandemia do novo coronavírus.

Os partidos PSOL, Rede e PT pedem a abertura de processo disciplinar contra Flávio pela prática de “rachadinha”, o confisco de parte de salários dos assessores, quando era deputado estadual pelo RJ.

Além disso, os partidos alegam também que o senador tem “forte” ligação com a milícia, tendo inclusive, dado entrevistas elogiando supostos milicianos. Os partidos alegam também a prática de lavagem de dinheiro e contratação de funcionários fantasmas.

O fato novo 

Além disso, citam uma entrevista dada pelo suplente do senador, o empresário Paulo Marinho, ao jornal Folha de S. Paulo, na qual afirmava ter recebido informações privilegiadas sobre a Operação Furna da Onça, que investiga diversos deputados do Rio.

Sobre o “fato novo” a Advocacia-Geral do Senado salientou que mesmo que a entrevista tenha sido dada durante o mandato de Flávio Bolsonaro, no dia 17/05/2020, ela relata fatos anteriores ao mandato e, por isso, não poderia ser considerado no pedido. Caso a representação seja aceita, poderá acarretar, inclusive, na perda do mandato de Flávio.

Em entrevista concedida ao jornal O Globo, o senador disse que o assunto é sério e não pode ser tratado de forma virtual. Ele ressaltou que todo mundo tem direito à ampla defesa e não descarta tomar uma decisão contrária ao parecer.

“Um assunto sério como esse aí não tem como fazer por videoconferência. Tem que ser presencial. Em caso de fazer sorteio para escolher relator, vamos colocar os 14 nomes em um pote para tirar um nome democraticamente. Eu vou sortear o nome do relator, impedindo de ser carta marcada”, afirmou.

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