DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
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O adolescente, de 16 anos, namorado da garota que efetuou o disparo que matou Isabele Guimarães, de 14 anos, no dia 12 de junho, foi orientado pelo seu irmão a dar prints das conversas no whastapp, para que não coloquem a culpa nele, por conta do disparo.
Logo após a conversa, o menor apaga as mensagens.
“Pq todo mundo vai querer colocar a culpa em vc. N deixa isso acontecer”, diz o irmão, em mensagens enviadas 00h42 já na madrugada após a morte da adolescente no condomínio de luxo.
Segundo o relatório, “É possível observar que, possivelmente, **** explica algo acerca do fato ocorrido, no entanto, ele solicita que seu irmão apague as conversas, o que foi atendido. Cabe ressaltar, que não foi possível a recuperação/restauração das mensagens em questão”.
Logo em seguida, às 22h37, o irmão dele responde: “Que guria mano. N comento com ngm. Que guria mano?”. É nesse momento que O irmão mais velho o orienta a fazer prints das conversas importantes. Eles prosseguem trocando mensagens na madrugada de 14 de julho, uma segunda-feira e o adolescente depois apaga uma série de mensagens enviadas para o irmão, que respondeu: “Aí tomo”, às 11h45. Depois disso, as trocas de mensagens entre às 11h46 e 11h54 foram apagadas. A última mensagem é do menor, que pede mais uma vez “apaga aí”.
De acordo com depoimentos já prestados pela suspeita, por seu pai Marcelo Martins Cestari, de 46 anos, a pistola calibre 380 da marca Imbel, da qual saiu o disparo que matou Isabele, foi levada à residência dos Cestari pelo adolescente de 16 anos, namorado da garota que efetuou o disparo.
A Polícia Civil também ouviu o rapaz, onde confirmou que levou a arma para a casa da namorada, pois ambas as famílias são praticantes de tiro esportivo.
Segundo o depoimento, a intenção era de que Marcelo Cestari fizesse a limpeza e manutenção delas.
De acordo com depoimento prestado no dia 20 de julho ao titular da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), o delegado Wagner Bassi, o adolescente afirmou que não deixou arma pronta para tiro, no dia do homicídio.
O menor relata que ao entregar a arma para Marcelo Cestari, checou se as armas estavam municiadas.
“Primeiro, o menor olhou a imbel 380, tirando o carregador, tendo notado que havia munição no carregador, que ele colocou o carregador na mochila, que golpeou a arma sem carregador para ver se havia munição na câmara, que conseguiu observar mediante inspeção visual que não havia munição na câmara”, diz trecho do relato.
A defesa do menor se posicionou por meio de nota.
Veja a íntegra:
Em contato com a defesa do adolescente, os advogados disseram que os laudos expostos indevidamente apenas atestam que o menor não estava no local dos fatos, que não havia sequer munição na câmara e que as conversas com o irmão que não foram restauradas, não dizem respeito a cena do crime, pois sequer se encontrava no local no momento do ocorrido.
A defesa informou ainda que já colocou o adolescente à disposição das autoridades policiais para esclarecer o teor das mensagens não restauradas, independentemente se são ou não pertinentes para as investigações.